A vereadora por Curitiba Indiara Barbosa (Novo-PR) comentou à coluna Entrelinhas sobre a recente entrevista do presidente Lula, que abordou o dilema entre cortar gastos ou aumentar a arrecadação. Para a parlamentar, "a postura do presidente é desastrosa". Indiara argumenta que a insistência do presidente em aumentar a arrecadação e sobrecarregar ainda mais os empresários, empreendedores e cidadãos não é uma solução viável e pode levar a graves consequências econômicas. “Ele insiste numa fórmula que não deu certo nem no Brasil, nem em nenhum país do mundo", afirmou a vereadora.
Ela criticou ainda a perspectiva de aumento da arrecadação, apontando que isso resultaria em maiores dificuldades para os contribuintes, aumento da inflação e da taxa de juros, além de colocar o Brasil em uma crise econômica. Segundo Indiara, "a esquerda sempre insiste e às vezes acha que a arrecadação sempre tem que ser maior e o Estado tem que dar conta de tudo quando, na verdade, isso só atrapalha nosso país".
Em entrevista ao UOL News, o presidente Lula declarou que o governo está empreendendo uma análise meticulosa dos gastos, sem se deixar influenciar pelo nervosismo do mercado, para determinar "se é necessário efetivamente cortar ou se é preciso aumentar a arrecadação". Lula, em diálogo com os colunistas Carla Araújo e Leonardo Sakamoto no Palácio do Planalto, ressaltou a importância de uma política social que promova o crescimento das pessoas, verificando a eficiência dos gastos e a correta aplicação dos recursos públicos.
O presidente enfatizou a necessidade de identificar gastos excessivos e beneficiários indevidos, mantendo a política de investimentos. Ele criticou a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, cujo veto foi derrubado pelo Congresso, questionando a lógica de abrir mão de significativas receitas tributárias enquanto se discute a contenção de gastos. Segundo dados apresentados pela ministra Simone Tebet (Planejamento), os subsídios chegaram a 6% do PIB em 2023, totalizando R$ 646 bilhões. Lula destacou que a elevada renúncia fiscal e a concessão de novos incentivos prejudicam os mais humildes, favorecendo as classes mais abastadas.
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