Com os holofotes voltados para as eleições de São Paulo, sobretudo devido ao crescimento do candidato à prefeitura da capital paulista Pablo Marçal (PRTB-SP), candidatos da direita do Rio de Janeiro tentam pegar carona na onda do comunicador. Carol Sponza (Novo-RJ), em entrevista à coluna Entrelinhas, fez questão de se diferenciar dos demais candidatos, afirmando que, no Rio de Janeiro, apenas ela seria a mudança representada por Marçal.
"Em São Paulo, a Marina Helena e o Pablo Marçal representam a ruptura do sistema. Aqui no Rio, somente eu represento isso", declarou Sponza, sem deixar de mencionar a candidata do seu partido ao pleito vizinho, como forma de prestigiá-la, embora sua correligionária seja concorrente de Pablo Marçal na disputa paulistana.
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), candidato à prefeitura do Rio com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também fez aceno a Marçal. A manifestação do político do PL veio após o candidato à prefeitura de São Paulo dizer que Ramagem estaria “tomando um pau” de Eduardo Paes (PSD-RJ) na corrida eleitoral no Rio de Janeiro. O argumento, na verdade, serviu para atacar Carlos Bolsonaro (PL-RJ), antes do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) selar um “acordo de paz” entre Carlos e Marçal. “Ô Carlos, cuida da sua eleição do Ramagem, que o Ramagem tá tomando um pau aí no Rio de Janeiro. Se você precisar de ajuda, eu posso te ajudar aí no digital, porque aqui em São Paulo eu já resolvi. É eu, Deus e o povo”, provocou Marçal.
Ramagem respondeu à proposta de Marçal durante uma caminhada em Copacabana na quinta-feira (29), dizendo que o suporte de Marçal seria "ótimo", elogiando o empresário por sua capacidade de comunicação. "Somos conservadores, defendemos a família, a fé cristã, o empreendedorismo e a liberdade econômica", enfatizou Ramagem.
A busca do candidato do PL por apoio de Marçal também gerou repercussão nas redes sociais. O jornalista Sílvio Grimaldo, em uma publicação no X, comentou a estratégia de Ramagem, sugerindo que a força de Marçal pode ser decisiva para candidatos alinhados ao bolsonarismo e que enfrentam dificuldades. "Não é o bolsonarismo que vai ajudar a eleger o Marçal, mas o Marçal que vai dar uma força para os candidatos do Bolsonaro que estão naufragando", escreveu Grimaldo.
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