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Ramagem escolhe vice dentro do PL após articulações com Republicanos e MDB
| Foto: Reprodução/ Instagram

O Partido Liberal (PL) formalizou, nesta segunda-feira (05), a escolha da deputada estadual Índia Armelau (PL-RJ) como vice na chapa encabeçada por Alexandre Ramagem (PL-RJ) para as próximas eleições municipais na capital fluminense. Índia é defensora do bolsonarismo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e, mesmo em seu primeiro mandato, a parlamentar se destacou como figura proeminente entre os deputados de maior relevância da Casa. Desde o início da pré-campanha, seu nome vinha sendo cogitado como uma potencial parceira de chapa, juntamente com a deputada federal Chris Tonietto, também do PL.

A decisão pela formação de uma “chapa puro-sangue” foi tomada após falharem as tentativas de aliança com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o Republicanos para a indicação de vice. Inicialmente, o partido considerou a ex-deputada Rosane Félix, do MDB, para a posição, porém ela optou por se candidatar vereadora. Posteriormente, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Republicanos-RJ), tentou indicar a deputada estadual Tia Ju, mas a Igreja Universal do Reino de Deus, principal base eleitoral da parlamentar, vetou a iniciativa.

A recusa do Republicanos em apoiar a indicação de Tia Ju refletiu a cisão interna entre os aliados de Eduardo Cunha e Waguinho. Este, atual presidente da sigla no estado, é casado com a deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), que foi ministra do Turismo no governo Lula. Embora Cunha tenha se alinhado com o presidente nacional do partido, Marcos Pereira (Republicanos-SP), ele não conseguiu obter o apoio necessário entre os parlamentares do Rio de Janeiro e da Assembleia Legislativa. A desejada parceria entre o Republicanos e o PL, que visava incluir Tia Ju como vice de Ramagem, foi frustrada. A deputada, fiel às diretrizes da Igreja Universal, afirmou publicamente que seguirá "as orientações do seu grupo político".

Nesse cenário, a deputada federal Dani Cunha (União-RJ), filha de Eduardo Cunha, embora não esteja filiada ao partido, ajudou a articular a aliança com Marcos Pereira, presidente nacional da sigla. Como Pereira almeja a candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, o apoio aos bolsonaristas e, consequentemente, a Ramagem, se tornou prioritário.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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