Regra eleitoral pode tirar candidatura de Ovando a vice em Campo Grande

A eventual candidatura do médico e deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS) está condicionada à aprovação da Justiça Eleitoral. A objeção eleitoral surgiu devido ao fato de ele não ter se afastado do programa "Tribuna da Saúde", transmitido pela TV Educativa de Mato Grosso do Sul, exibido em quatro sextas-feiras de julho – nos dias 5, 12, 18 e 26. Conforme a legislação eleitoral, ele deveria ter se desligado da emissora até o dia 30 de junho deste ano. No entanto, os advogados eleitorais da atual chefe do executivo municipal, Adriane Lopes (PP-MS), tomaram conhecimento da irregularidade horas após a confirmação do deputado bolsonarista como companheiro de chapa da prefeita à reeleição.

Em entrevista concedida à coluna Entrelinhas, Luiz Ovando apontou que espera uma decisão favorável à candidatura. “Caso a Justiça Eleitoral entenda ser possível o pleito, abraçar esse desafio é algo que estou certo de que comporá uma chapa vitoriosa no dia 6 de outubro”, avaliou. Ele destacou que sua pré-candidatura reflete o apoio e as oportunidades oferecidas pela legenda conservadora, considerando-se um "soldado do partido". Ovando contou que percebeu a necessidade do grupo em contar com sua participação.

O parlamentar mencionou ainda que o convite foi feito pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) e pela prefeita Adriane Lopes, com a qual pretende compor a chapa de reeleição. "Sou de direita, conservador e defendo as bandeiras da pátria, vida, família e liberdade", declarou Ovando, acreditando que sua candidatura será bem acolhida pela população local, que considera “inteligente e consciente das questões políticas do estado”.

A busca por um candidato a vice-prefeito tem se revelado um desafio para Adriane, que inicialmente aguardava o apoio de Jair Bolsonaro (PL). Todavia, o ex-presidente optou por apoiar o candidato do PSDB, Beto Pereira, em aliança com o Partido Liberal (PL), o que gerou desconforto entre os aliados de Bolsonaro na cidade, incluindo correligionários de peso, como o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS).