Relatório da PF sobre Bolsonaro e militares acirra clima no Congresso. O programa Entrelinhas desta quarta-feira (27) traz detalhes do relatório da Polícia Federal que concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro “planejou, dirigiu e executou” atos para abolir o Estado Democrático de Direito e consumar um golpe de Estado.
A tentativa de se manter no poder após a derrota eleitoral em 2022, conforme a PF, só não se concretizou “por circunstâncias alheias a sua vontade”, principalmente pela oposição do então comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior; do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes; e da maioria do Alto Comando do Exército.
Falaremos ainda sobre a volta de Pablo Marçal, candidato derrotado nas eleições municipais a prefeito de São Paulo, que planeja sair do PRTB e integrar o União Brasil em 2025. Segundo uma fonte do partido confirmou à Gazeta do Povo, o empresário e o diretório nacional da sigla conversam sobre o assunto, mas o martelo ainda não foi batido.
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Relatório da PF sobre Bolsonaro e militares acirra clima no Congresso
O material, entregue ao ministro Alexandre de Moraes na semana passada, já foi encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a quem cabe formular uma denúncia sobre o caso. Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo militares e ex-integrantes de seu governo, foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Em entrevista à imprensa, nesta terça (26), Bolsonaro negou as acusações. “Tem que estar envolvidas todas as Forças Armadas, se não, não existe golpe. Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais”, disse.
“Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, ia falar: ‘tá tudo bem, e o ‘after day’, e o dia seguinte, como é que fica? Como é que fica o mundo perante a nós? Agora, todas as medidas possíveis, dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei. Jamais faria algo fora das quatro linhas. Dá para resolver os problemas do Brasil, seus problemas inclusive, dentro da Constituição”, afirmou ainda.
Marçal negocia filiação ao União Brasil e avalia disputar governo de São Paulo
Em entrevista à Gazeta do Povo, Marçal desconversou sobre uma possível saída do PRTB. "Não fechei nada ainda", afirmou o empresário, que ressaltou que há possibilidade de se manter no PRTB. Questionado sobre o partido não ter tempo de televisão e rádio, além de pouco fundo partidário, Marçal afirmou não ser um problema.
De acordo com parlamentares do União Brasil, um cacique do partido que precisa validar a filiação do empresário é o presidente da sigla em São Paulo, Milton Leite. As conversas ocorrem após Marçal externar insatisfação com o atual partido. Na avaliação dele, o presidente da sigla, Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, prejudicou na campanha deste ano devido à suposta ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Um áudio obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, gravado em fevereiro de 2024 e atribuído a Avalanche, revela uma conversa com Thiago Brunelo, filho de um dos fundadores do PRTB, buscando apoio para a própria candidatura à presidência do partido. Na gravação, Avalanche supostamente afirma ter contatos dentro do PCC e se gaba de ter influenciado a soltura de André do Rap, um dos líderes da facção.
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O programa Entrelinhas traz a melhor cobertura do noticiário, abordando os temas mais urgentes, com apresentação de Mariana Braga e comentários de Paulo Polzonoff. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.