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Em entrevista ao programa Entrelinhas nesta quarta-feira (27), o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) comentou sobre os rótulos de “intergaláctico” e “direita limpinha”, usados pelo grupo de Jair Bolsonaro para criticar parlamentares que apoiaram Pablo Marçal (PRTB-SP) em vez de Ricardo Nunes (MDB-SP) na disputa pela prefeitura de São Paulo deste ano. Salles adotou um tom descontraído: “Graças a Deus que nós somos a direita limpinha, melhor do que ser a ‘sujinha’. De ‘sujinha’, já basta esse estado de espírito do Centrão”, opinou. Ele acrescentou que prefere lidar com as críticas de forma leve. “Não levo isso para o lado negativo. Prefiro sublimar isso”, completou.
Salles ainda destacou que se sente bem acompanhado entre os parlamentares que compartilham o rótulo pejorativo usado pelo grupo de Bolsonaro. “Estou bem acompanhado entre os intergalácticos”, afirmou, citando Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Ele os classificou como “bons parlamentares” que atuam com coerência e rejeitam práticas fisiológicas e patrimonialistas. O deputado apontou ainda que ele e seus colegas fazem oposição ao Centrão. “Não é um partido. O Centrão é quase um ‘estado de espírito’”, avaliou. Ele disse que o grupo é formado por políticos interessados em cargos, emendas e verbas, independentemente de quem esteja no governo.
Reforçando suas convicções, Salles destacou sua militância na direita desde 2006, participando de movimentos nacionais e internacionais, atuando como secretário de estado e organizando eventos pelo livre mercado. Ele também lembrou sua candidatura contra o Partido dos Trabalhadores, seu mandato como ministro do Meio Ambiente e sua eleição como deputado federal. “Eu não preciso provar nada para ninguém. Sou um deputado federal de direita com histórico de direita de 18 anos de defesa coerente das ideias da direita, da visão conservadora e da defesa do liberalismo econômico”, afirmou.
Conteúdo editado por: Mariana Braga