Em entrevista à coluna Entrelinhas, Ricardo Salles (PL-SP), deputado federal e um dos fundadores do Movimento Endireita Brasil (MEB), afirmou que, para as eleições de 2026, um dos maiores desafios dos conservadores já foi vencido. “A direita liberal e conservadora que faz parte desse grupo já teve seu primeiro desafio vencido, que foi o de 'sair do armário'”, afirma Salles. De acordo com o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, foi necessário um período de cerca de dez anos para que os que se identificam com esse espectro político “saíssem do armário, se assumissem, sem medo de serem rotulados por defender suas ideias”.
Salles garante que esse período já passou e que daqui por diante a direita conservadora precisa de um "refinamento". De acordo com o deputado, isso consiste em reconhecer quem está com o grupo de forma verdadeira. “A grande diferença que eu vejo hoje dentro de um cenário político partidário eleitoral é que, enquanto a esquerda se aproveita do centrão, compra o centrão, a direita, ao contrário, se vende para o centrão, o que é uma coisa inacreditável”, declara.
O parlamentar afirma que a direita precisa saber o tamanho da sua força para não se curvar às imposições fisiológicas do grupo. Para ele, o objetivo da maioria dos parlamentares está em buscar um “acordão” no cenário político. "Sempre misturam todo mundo como se todos fossem a mesma coisa, mas nós não somos a mesma coisa”, reafirma. “A esquerda nesse aspecto é até mais objetiva, pois vai lá e compra o grupo, como vimos no mensalão, petrolão”, assegura. “Já a turma da direita, ao invés de enquadrar o centrão, deixou o grupo dominar”, pontua Salles.
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