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Salles critica proposta de “Autoridade Climática” de Lula
| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados.

O clima é um assunto que ganhou força após a estiagem que promoveu incêndios em todo o Brasil. De acordo com Ricardo Salles (Novo – SP), deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PL), “o Brasil tem que investir melhor seus recursos nessa área”. Em conversa com a coluna Entrelinhas, Salles analisa o discurso do presidente Lula na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que deu ênfase à questão climática.

Lula defendeu a criação de um órgão com autoridade para exigir que compromissos internacionais de combate à mudança do clima sejam cumpridos. O desenvolvimento da chamada “Autoridade Climática” foi uma das principais bandeiras de Lula na campanha eleitoral de 2022 para a pasta do Meio Ambiente, junto da escolha de Marina Silva para chefiar o ministério.

“Essa turma gosta é de discutir o sexo dos anjos, fazer palestras, viagens e seminários internacionais”, alerta Salles sobre a falta de real interesse do governo nas pautas ambientais. “Gostam mesmo é de uma viagem internacional por conta do contribuinte”, aponta o parlamentar, fazendo referência à comitiva de mais de 100 pessoas para a viagem a de Lula a Nova York, cujos gastos ainda não foram revelados na totalidade.

“Essa ‘Autoridade Climática’ que eles querem fazer é apenas para pagar essas viagens e seminários, já que eles sempre criam uma forma de dar dinheiro para os organizações não governamentais e para funcionários ligados a eles no governo”, avalia Ricardo Salles.

A promessa de Lula de criação do órgão foi fundamental para obter o apoio de Marina Silva para este terceiro mandato após anos de rusgas entre ela e o Partido dos Trabalhdores (PR). No entanto, a criação da entidade não avançou no Congresso Nacional – que precisa aprovar a iniciativa – por conta da dificuldade do governo com a articulação política.

Desde o início desta nova gestão, a política ambiental de Lula tem sofrido derrotas por pressão de setores como o agronegócio e o “centrão”, como a redução da atuação dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas e a aprovação do marco temporal – que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) e é discutido em uma câmara de conciliação em que representantes dos indígenas e a Rede Sustentabilidade deixaram o colegiado.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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