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Salles culpa ideologia ambientalista por recorde de queimadas
| Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

Em conversa com a coluna Entrelinhas, o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), que também foi ministro do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), elencou as medidas que considera importantes para conter os incêndios que assolam o país e que não são valorizadas no governo Lula. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), este ano registrou o maior número de focos de incêndio dos últimos 17 anos na Amazônia.

Salles lembra que, durante seu mandato como ministro, enfrentou resistência devido a “questões ideológicas” da oposição ao governo Bolsonaro, que apontavam que suas medidas eram “ruins para o meio ambiente”.

De acordo com ele, a primeira medida a ser tomada deveria ser realizada antes da época de seca, o contrafogo. Também chamada de queima controlada, a técnica é feita através de uma queima preventiva, feita no período chuvoso, antes da seca. “Ela é realizada para diminuir a quantidade de matéria orgânica que se transforma em combustível para as chamas”, explica Salles.

A segunda forma de conter as chamas, de acordo com o ex-ministro do Meio Ambiente, é a utilização dos retardantes de fogo. Esses produtos, ao serem misturados na água e lançados por aviões nas áreas atingidas, aumentam a capacidade de controlar incêndios florestais. “É um produto que se assemelha muito aos fertilizantes. Ele aumenta em dez vezes a capacidade dos aviões de controlar os incêndios”, detalha Ricardo Salles.

A terceira medida preventiva, segundo ele, é o aceiro, que tem a função de blindar uma área da outra.“Nada mais é do que cortar um pedaço de mato, isolando uma parte da mata da outra”, descreve. Salles argumenta que essas medidas preventivas são atacadas pela esquerda por questões ideológicas. “O pessoal reluta em deixar fazer por causa do dogmatismo sem sentido”, destaca.

São Paulo tem recorde de incêndios

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criou um gabinete de crise para lidar com os incêndios florestais que assolam o interior paulista, em especial após o estado registrar um recorde histórico de focos de incêndio em agosto.

O cenário se agrava com a baixa umidade do ar e o risco elevado de incêndios devido à onda de calor que atinge todo o estado. Na tarde deste sábado (24), mais de 30 municípios estão em alerta máximo para grandes queimadas e 17 enfrentam focos ativos de incêndio.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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