O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) anunciou que manterá sua candidatura à presidência do Senado, mesmo sem o apoio formal do Partido Liberal ou do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após uma reunião com o partido e com Jair Bolsonaro, na qual ficou definido que o PL apoiará o senador Davi Alcolumbre (União-AP) na disputa prevista para fevereiro de 2025. O senador Rogério Marinho (PL-RN), candidato que perdeu para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na última eleição para a presidência do Senado, confirmou o apoio a Alcolumbre. Pontes, contudo, decidiu seguir de forma "independente", ainda que tenha sido voto vencido internamente.
Em entrevista à rádio Máxima de Guaratinguetá, Pontes ressaltou que a decisão de se candidatar foi pessoal e que, embora a reunião com o partido tenha sido "tranquila", na qual deveriam decidir por uma candidatura própria ou apoiar Alcolumbre, tanto ele quanto o senador Magno Malta (PL-ES) foram votos contrários ao que foi definido. "Faz parte", disse o senador, destacando que não está completamente convencido dessa estratégia. Ele expressou preocupações sobre o comprometimento de Alcolumbre com as pautas defendidas pela direita, ressaltando que existem riscos sobre qualquer decisão do partido, seja de apoiar alguém, seja de lançar um candidato próprio.
Pontes também lamentou que, mesmo cumprindo todos os acordos, a oposição ao governo no Senado ainda pode enfrentar dificuldades para aprovar todas as pautas necessárias nas comissões e no plenário, por estarem em minoria. Pontes disse que não houve detalhamento do acordo do PL com Alcolumbre durante a reunião. Ele mencionou que gostaria de ter tido o apoio do partido, mas que respeita a decisão. O senador pretende fazer uma contagem de votos para saber qual o apoio que ainda pode angariar na sua intenção de concorrer à presidência do Senado.
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