| Foto: ViniLoures/Agência Câmara
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“O governador Eduardo Leite (PSDB) demorou demais para subir o tom e defender os interesses dos gaúchos”, afirmou à coluna Entrelinhas o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS). Em entrevista recente à revista Veja, Leite lamentou o descumprimento, pelo governo federal, das medidas de ajuda ao estado após as enchentes de maio. O governador afirmou que há um interesse em ajudar, mas que essa ajuda “não chega como a propaganda mostra”. A tragédia no Rio Grande do Sul deixou mais de 180 mortos.

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De acordo com o Zucco, o governo do estado tem razão em cobrar do governo federal, mas demorou para se posicionar. “Já vamos para 90 dias desde a catástrofe que destruiu nosso estado”, afirmou o parlamentar à reportagem. O deputado garantiu estar trabalhando desde o início da tragédia climática e que o governo do Rio Grande do Sul parece se esconder atrás da morosidade do governo Lula. “Há muito tempo que perdemos a paciência com eles. Lula, Pimenta e o governo federal como um todo estão matando o povo gaúcho no cansaço. É só promessa e enrolação”, avaliou. Zucco disse ainda que enxerga uma “grande falta de vontade política” aliada à “invencível burocracia estatal”.

O deputado deu como exemplo o que aconteceu na terça-feira (16) no Senado, quando o senador Beto Faro (PT-PA) pediu vistas na Comissão de Agricultura ao projeto de Zucco que busca socorrer os agricultores. O projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara há um mês, com o apoio do próprio governo. “Essa manobra meramente protelatória do Beto Faro nos levou a articular um requerimento de urgência com o senador Irineu Orth (PP-RS) para levar o projeto diretamente ao Plenário do Senado e aprovar antes do recesso”, explicou.

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Zucco culpou o governo Lula de entrar em campo para barrar o avanço do projeto, “agora com a promessa de editar uma Medida Provisória para socorrer nosso agro”. O parlamentar ainda considerou “um crime o que Lula e Pimenta estão fazendo com os agricultores gaúchos e com todos os setores que esperam por socorro”.

O deputado apresentou também dados levantados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Em relação apenas às prefeituras, o governo federal autorizou a liberação de R$ 1,3 bilhão, mas o pagamento efetivo ficou em R$ 682,6 milhões. “Se eu pego esse valor e divido por 470, que é o número de municípios atingidos, isso representa menos de um milhão e meio para cada prefeitura. Ou seja, absolutamente nada diante do impacto da tragédia. Não dá para construiu uma ponte sequer”, finalizou o parlamentar.