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O deputado federal e líder da Oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-PR), compartilhou à coluna Entrelinhas suas expectativas para a eleição da presidência da Câmara Federal, prevista para fevereiro. Barros destacou que o principal ponto de debate dentro do grupo oposicionista é a obtenção de compromissos dos candidatos em relação ao avanço de projetos que interessam à direita. “Antes de fechar apoio a um candidato, a oposição deve ter dele o compromisso público com o avanço de pautas prioritárias para a direita”, afirmou. Segundo ele, as tratativas ainda estão em fase inicial e o foco é consolidar uma posição unificada que reflita as demandas da população.
Além disso, Barros enfatizou que há meses de negociações pela frente e que está otimista em relação à possibilidade de uma decisão unitária dentro da oposição. A meta, segundo ele, é garantir que as bandeiras defendidas pelo grupo, que, em sua visão, são compartilhadas pela ampla maioria da população, tenham espaço no próximo biênio. "Estou confiante na consolidação de um posicionamento unitário na oposição, fazendo com que nossas bandeiras prosperem ainda mais", declarou o deputado.
A coluna Entrelinhas já havia levantado a questão em entrevistas anteriores, apontando que as negociações em curso, até o momento, giram em torno de acordos “fisiológicos”, como mencionado pelo deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Até agora, as discussões com os candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) não têm tratado de temas centrais para a agenda da direita, algo que, para muitos oposicionistas, precisa mudar.
Oposição e a sucessão de Rodrigo Pacheco
Em contrapartida, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que o Partido Liberal (PL) considera uma aliança com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), apontado como um dos possíveis sucessores de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. A medida visa evitar que o PL perca espaço estratégico na Mesa Diretora e nas comissões da Câmara, situação enfrentada pelo partido no Senado após a derrota do senador Rogério Marinho (PL-RN) na disputa contra Pacheco. A eleição de Alcolumbre já é dada como certa e a oposição não teria chance de vitória caso lançasse candidato próprio.
Para Bolsonaro, é essencial que o PL não fique em uma posição desfavorável no Congresso, e ele alertou que, nos últimos dois anos, o partido atuou como um "zumbi" devido à falta de influência no Senado.
Conteúdo editado por: Mariana Braga