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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), foi alvo de críticas após nomear um advogado com ligações ao PT para a Ouvidoria da Segurança Pública do estado. Em entrevista ao programa Entrelinhas, da Gazeta do Povo, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) explicou que a decisão foi influenciada pela composição da lista tríplice apresentada ao governador. “Os três indicados tinham alguma ligação com a esquerda. Eu diria a você até que o governador fez a escolha menos pior, na minha opinião”, afirmou o parlamentar.
Bove considerou que a escolha, embora limitada, trouxe um alívio para a bancada conservadora. Segundo ele, a nomeação foi celebrada como a “menos politizada” entre as opções disponíveis. No entanto, o deputado destacou a insatisfação geral com o fato de que todos os indicados possuíam vínculos com a esquerda. “Esse pessoal são assessores, candidatos a deputado estadual, muito ligados à esquerda, infelizmente”, criticou.
O deputado estadual também mencionou que a atuação da Ouvidoria da Polícia Militar tem sido problemática, acusando-a de instrumentalização política. “A ouvidoria deveria fazer o trabalho de receber as denúncias e passar para a Corregedoria, e não de sambar politicamente em cima de qualquer coisa que aconteça”, declarou. Ele apontou que ONGs de direitos humanos e parte da grande imprensa estariam trabalhando contra as pautas conservadoras de segurança pública no estado.
Para enfrentar essa situação, o parlamentar Lucas Bove revelou que há um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para alterar as regras de indicação dos membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), órgão responsável por formar a lista tríplice para a escolha do ouvidor. O objetivo do texto seria reduzir a influência de grupos ligados à esquerda no processo de nomeação.