O vereador eleito por Curitiba Guilherme Kilter (Novo-PR) protocolou nesta quarta-feira (27) uma Notícia de Fato ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para investigar a suposta violação de direitos do estudante Yago Tavares. O jovem foi impedido de apresentar um trabalho escolar sobre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) após a atividade ser inicialmente autorizada por sua professora. Segundo relato do pai, Claudiney Manzano, divulgado em vídeo no Instagram, um professor de história interveio e vetou a exposição do cartaz. A denúncia inclui acusações de violência psicológica contra o aluno e cerceamento de sua liberdade de expressão.
"A professora pediu para fazer um trabalho de uma personalidade mineira [...] e autorizou. No dia da exposição, um professor de história interferiu, falou que não podia, fez o teatrinho dele e tirou o trabalho do mural", desabafou Claudiney. Ele aproveitou para criticar o que ele considera a “decadência da qualidade de ensino” e convocar outros pais para mobilização. "Queria que tivesse adesão de mais pais de alunos para melhorar a qualidade do ensino", completou.
Em entrevista exclusiva à coluna Entrelinhas, Kilter justificou sua ação mesmo sendo de outro estado. "Esse caso tomou repercussão nacional e deve servir de exemplo para todos. Eu mesmo já passei por situações de doutrinação. Decidi dar suporte porque não vi ninguém de Minas fazendo a notícia ao MP", explicou. Para o vereador eleito em 2024, o caso demonstra a necessidade de atuação rigorosa do MPMG. “Claudiney denuncia violência psicológica e cerceamento de direitos. Isso deve ser apurado, e o professor responsável punido”, pontuou.
O futuro parlamentar acredita que a responsabilidade também recai sobre a instituição de ensino. "Se a escola não fizer nada, os diretores devem ser punidos por omissão", ponderou. Kilter destacou ainda a importância de combater práticas que limitem a pluralidade de ideias no ambiente escolar.
"Pais e alunos não estão sozinhos. É nosso dever no legislativo garantir uma educação técnica, de qualidade e livre de doutrinação. As instituições devem trabalhar para o povo, não para o governo", concluiu. A Notícia de Fato protocolada por Kilter é baseada no artigo 5º, inciso VIII, da Constituição Federal, que assegura a liberdade de convicção política e filosófica.
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