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Vereador explica saída da política para se dedicar à Medicina
| Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados

O vereador de São Paulo Fernando Holiday (PL-SP), em entrevista exclusiva à coluna Entrelinhas, falou sobre sua recente decisão de deixar a política para se dedicar ao curso de Medicina. Holiday explicou que seu verdadeiro sonho sempre foi ser médico, mas que acabou se desviando desse caminho em 2015, quando se envolveu nas manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff. A decisão de voltar aos estudos foi reforçada por frustrações crescentes com o meio político, especialmente após sua denúncia de um esquema de corrupção na Câmara Municipal de São Paulo em 2001, que, segundo ele, não teve qualquer repercussão legal significativa.

"Talvez eu volte para a política um dia, mas hoje eu não vejo isso como uma prioridade", assegurou o vereador, que já está cursando seu primeiro ano como acadêmico na Faculdade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo. Holiday revelou à coluna que as decepções que vivenciou na vida política, aliadas a erros pessoais, o levaram a repensar sua trajetória. Ele lamentou as críticas que fez ao ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-as como precipitações. "Eu me arrependo e acho que ainda não consigo me perdoar pelas críticas equivocadas que eu fiz ao então presidente Jair Bolsonaro", avaliou o vereador, mesmo após a reconciliação com o ex-presidente.

Sobre o futuro, Fernando Holiday disse que não pretende se afastar completamente da política. Ele quer continuar utilizando suas redes sociais, com alcance de centenas de milhares de seguidores, para comentar assuntos políticos e participar de programas de rádio, televisão e podcasts. Além disso, o vereador planeja prestar consultoria para outros políticos, conciliando essa atividade com sua rotina acadêmica. "Pretendo prestar consultoria, o que seria compatível com a minha agenda na graduação", explicou.

Ao ser questionado sobre seu legado na política, Holiday enfatizou sua contribuição no incentivo ao surgimento de novas lideranças conservadoras, especialmente durante o impeachment. Ele citou a eleição histórica de Lucas Pavanato (PL-SP), que foi o vereador mais votado de São Paulo com 161.386 votos, como uma das consequências de sua atuação política. Contudo, Holiday acredita que seu maior legado foi a discussão sobre racismo sob a ótica conservadora, criticando as cotas raciais e elogiando as cotas sociais.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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