O vereador Lucas Pavanato (PL-SP), o mais votado nas eleições de outubro passado, começou seu mandato na Câmara Municipal de São Paulo na quarta-feira (1º), coletando no primeiro dia o número mínimo de 19 assinaturas necessárias para protocolar duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Ambas têm como foco temas polêmicos e e foram apoiadas majoritariamente por parlamentares de partidos de direita e centro.
Uma das CPIs, denominada CPI das Invasões, busca investigar ocupações irregulares de propriedades e terrenos na cidade, com foco em possíveis ações de movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). “Recebi denúncias que apontam para irregularidades, como cobrança indevida de aluguel e energia em prédios invadidos. A CPI será essencial para dar transparência e proteger pessoas vulneráveis”, explicou o vereador à coluna Entrelinhas. Já a segunda comissão, chamada de CPI das ONGs, tem como objetivo apurar a atuação dessas entidades no atendimento a moradores de rua, especialmente no centro da capital.
Pavanato enfatizou que a CPI das ONGs não terá alvos individuais, buscando evitar resistências enfrentadas por iniciativas similares no passado, como a tentativa do vereador Rubinho Nunes (União-SP) de investigar ações do padre Júlio Lancelotti. “Queremos investigar instituições que recebem dinheiro público e não têm trabalho sério. As que atuam de forma correta não terão problemas”, destacou. Ele também apontou a necessidade de maior transparência no uso de recursos públicos pelas ONGs, argumentando que a CPI pode ajudar a realocar esses recursos para instituições mais sérias.
O vereador informou que não enfrentou resistência na coleta de assinaturas, mas precisou esclarecer dúvidas sobre possíveis alvos das CPIs. Além disso, revelou outras prioridades para o início de seu mandato. “Pretendo dar andamento a projetos como educação financeira nas escolas, combater a agenda woke na cidade, e proteger crianças de terapias hormonais e conteúdos inadequados nas escolas”, afirmou. Embora protocoladas, a criação e instalação das CPIs dependerão de acordos políticos dentro da Câmara.
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