A presidência da Câmara Municipal de Maringá agendou para a terça-feira (1º) a votação do relatório final da denúncia contra a vereadora Cris Lauer (Novo), que pode culminar na cassação de seu mandato. O relator do caso, o vereador Onivaldo Barris (PP), já emitiu parecer favorável à perda do mandato, mas a decisão final caberá aos demais vereadores em plenário.
No sábado (28), Cris Lauer divulgou que o presidente da Câmara Municipal de Maringá, Mário Hossokawa (PP), determinou que assessores tentassem notificá-la sobre a sessão. Segundo a vereadora, ela estava em campanha quando foi surpreendida por funcionários da Câmara com a notificação referente à votação do relatório da Comissão de Ética.
Em suas redes sociais, Lauer destacou que o documento foi emitido às 7h22 e que os servidores foram instruídos a procurá-la pela cidade. Ela também afirmou que não assinou o documento, pois não estava certa se todos os procedimentos necessários haviam sido cumpridos antes da votação. Além disso, a vereadora criticou Hossokawa, chamando-o de "corrupto".
Advogado, ex-deputado e também ex-vereador de Maringá, Homero Marchese (Novo) comentou com a coluna Entrelinhas que o estilo de Cris Lauer, semelhante ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gerou conflitos com outros vereadores, especialmente com Hossokawa, que tentou cassar prefeitos e vereadores no passado. O presidente da Câmara também já foi condenado a devolver recursos ao município, mas ainda recorre da decisão.
A denúncia contra Cris Lauer gira em torno de um assessor que, segundo o Ministério Público (MP), atuou como advogado em casos pessoais da vereadora. O MP sugeriu que Lauer devolvesse valores relativos aos serviços do advogado, mas ela rejeitou a proposta, alegando que o jurista trabalhava para ela fora do horário de expediente. Com a recusa, uma ação foi movida contra ela, mas o MP não solicitou a perda de seu mandato, o que gerou controvérsias.
O processo de cassação começou a tramitar na Câmara em julho, com a suspensão do recesso parlamentar para acelerar a votação. Apesar das liminares que Cris Lauer conseguiu para adiar o julgamento, a sessão de cassação está marcada para poucos dias antes das eleições.
Cris Lauer argumenta que o objetivo dos seus adversários é impedi-la de disputar as eleições e torná-la inelegível por oito anos. Em resposta ao pedido de cassação, o grupo da vereadora apresentou uma queixa contra Hossokawa, citando um caso semelhante envolvendo uma advogada que atuou em processos da família do presidente da Câmara.
A votação exigirá dois terços dos votos, ou seja, 10 dos 15 vereadores, para que a cassação se concretize. A possibilidade de perda de mandato é real, dada a polarização política. Caso a cassação ocorra, os advogados de Lauer já preparam um recurso para contestar a decisão judicialmente.
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