| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Ouça este conteúdo

Em conversa com a coluna Entrelinhas, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) garante não ter qualquer envolvimento com o vazamento de informações relacionadas ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Afirma, ainda, não ter ligação com os envolvidos no caso das gravações que envolvem as trocas de mensagens entre assessores de Moraes e funcionários do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Desconheço qualquer operação que tenha levado ao ocorrido”, garante a deputada.

CARREGANDO :)

Zambelli lamenta que seu nome tenha sido mencionado “sem qualquer fundamento nas investigações”. A congressista ainda explica que há 10 inquéritos contra ela, "nenhum por corrupção, lavagem de dinheiro e afins”. A deputada se diz perseguida e que é alvo de “atos sistêmicos de violência com o objetivo de me excluí-la do espaço político”.

A parlamentar afirma também à coluna que tentam vincular sua imagem “de forma leviana” ao caso dos vazamentos de mensagens sobre ações de Moraes e que a ação que envolve seu nome tem o intuito de prejudicar seu mandato enquanto deputada. “Querem me expor, cometendo divulgação de informações falsas sem qualquer fundamento”, reforça.

Publicidade

Vazamentos do gabinete de Moraes

Trocas de mensagens entre servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), obtidas pela Folha de S. Paulo, mostraram que o gabinete de Alexandre de Moraes teria ordenado informalmente à Justiça Eleitoral a produção de relatórios contra apoiadores de Bolsonaro e comentaristas de direita para embasar decisões do ministro em inquéritos em andamento na Corte.

A troca de mensagens sugere que houve supostamente adulteração de documentos, prática de pesca probatória, abuso de autoridade e possíveis fraudes de provas. Os alvos escolhidos sofreram bloqueios de redes sociais, apreensão de passaportes, intimações para depoimento à Polícia Federal (PF), entre outras medidas. Todos os pedidos para investigação e produção de relatórios eram feitos via WhatsApp, sem registros formais.