Em 1967, alguém na Toho resolveu que Godzilla deveria ter um filho. A bizarrice, que começou em Son of Godzilla, se tornou predominante em toda a série, pois o personagem apareceu em outros seis filmes. Minilla, criatura que mudou de visual diversas vezes ao longo da franquia, se tornou um alívio cômico na franquia. Um personagem bobo, que só ridicularizava a figura do pai.
Vítima de outros monstros e em alguns momentos e criado por humanos em outros, o filho de Godzilla é como uma versão gigante do baby da família dinossauros. É ele quem protagoniza o pior dos títulos do monstro atômico japonês: Godzilla’s Revenge.
Perto de A Vingança de Godzilla (1969), o remake americano de Roland Emmerich parece uma obra prima. No título, nenhuma cidade nipônica é atacada de verdade por qualquer tipo de monstro. Isso porque Godzilla e seu filho são apenas frutos da imaginação de uma criança, que frequentemente sofre bullyng de valentões.
Depois de ser sequestrado, o jovenzinho encara seus delírios com as bestialidades da Toho e consegue fugir, ao simular uma luta com um bandido. A coisa toda é difícil de explicar porque, no fundo, foi bem difícil de assistir. O título fica ainda mais deprimente quando lembro que foi dirigido por Ishirô Honda, nome que concebeu o Godzilla clássico, de 1954.
Após Godzilla’s Revenge, Minilla apareceria em Godzilla vs. Gigan (1972), Godzilla vs. Mechagodzilla (o remake, de 1993), Godzilla vs. SpaceGodzilla (1994) e Godzilla vs. Destoroyah (1995) e Godzilla Final Wars (2004). Emmerich, inspirado mais por Jurassic Park do que pelo material japonês, decidiu colocar uma prole para o monstro do filme, mas nem chegou perto do espírito do verdadeiro filho de Godzilla.
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