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O horror segundo Noël Carroll
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Cena de “O Exorcista”.

Você já teve a sensação de que um filme de horror qualquer não é genuinamente um horror? Seja pelo excesso de piadas, ausência de mortes ou um ritmo exagerado de ação. Nas locadoras, esses títulos são os que ficam deslocados entre Poltergeist (1982) e A Profecia (1976).

O crítico literário Noël Carroll era tão intrigado com a definição de horror que escreveu o ensaio A Filosofia do Horror ou Paradoxos do Coração (1999), uma bíblia conceitual sobre o gênero. Segundo sua teoria, a narrativa horrífica depende de um único elemento: o monstro.

A personagem monstruosa segundo Carroll poderia ser um vampiro, um demônio ou o próprio homem, contanto que apresentasse duas características: fosse desprezível (visualmente ou psicologicamente) e perigoso para a sociedade. Assim, o autor reuniu no mesmo guarda-chuva filmes como Os Caça-Fantasmas (1984), Psicose (1960) e O Exorcista (1973).

É claro que cabe ao bom senso do espectador caracterizar seu filme do modo que quiser. Na prática, essa é apenas uma maneira de ver o tema e que, no fundo, acaba desonrando o gênero ao aproximar a patetada romântica de Crepúsculo (2008) ao honrado Halloween (1978), de John Carpenter.

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