Este é Eduardo Mendes Junior, de 30 anos, um simpático pescador da pequena comunidade de Itaquanduva, na enseada do Itaqui em Guaraqueçaba. Em breve, deveremos apresentá-lo como um simpático artista, que pesca de vez em quando. O dom de talhar a madeira começou a ser desenvolvido como hobby e está virando profissão, um pouco pela qualidade do material produzido e outro tanto pela falta de peixes no litoral do Paraná.
Natural de Paranaguá, Junior mora há seis anos na vila às margens do rio Itaquanduva, que sobe e desce ao sabor da maré. Para chegar lá, pegamos o Freendes, barco que faz a rota Paranaguá-Guaraqueçaba todos os dias. Depois de cerca de duas horas de viagem pela Baía de Paranaguá – pertinho de Guaraqueçaba – alugamos uma voadeira. Foram mais 30 minutos, passando por dois cardumes de sardinhas e por alguns botos, até a localidade onde moram em torno de 200 pessoas.
Pai de cinco filhos – o mais velho com 13 anos e o último nascido em junho -, Junior começou a levar mais a sério o trabalho com a madeira quando a pescaria já não rendia o suficiente para todas as necessidades. “Já produzi mais de 200 peças”, fala orgulhoso enquanto terminava de montar um berço para embalar o bebê da casa.
Após serrar e colar a madeira, ele dá acabamento com a pirografia, uma das mais antigas formas de arte do mundo. “Tenho encomenda de 40 cestos para pão para um homem de Paranaguá”. O sucesso é tamanho que não havia peças prontas em casa para uma fotografia. Um dos meninos foi incumbido de emprestar do vizinho uma dos cestos já prontos para aparecer aqui no blog.
PS: Se interessar, o contato do Junior é eduardomendes.junior@gmail.com
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