O preço recorde no mercado interno está levando os operadores brasileiros à recompra de parte do milho negociado com o exterior e que ainda não foi entregue. As empresas que fizeram venda para entrega futura já renegociaram 200 mil toneladas de milho, que não vão mais deixar o país. A recompra pode ser feita pelo preço contratado ou então pela cotação atual, o que vai depender da negociação conduzida entre as partes. Esse processo, explica o analista, torna-se viável quando o preço para venda local está acima da paridade exportação. O volume renegociado vai reduzir a previsão de exportação de milho pelo Brasil. Os contratos chegam a 10,5 milhões de toneladas, contra 4 milhões de toneladas do ano passado.
A recompra está sendo feita a um preço de US$ 250 a tonelada, pouco mais de R$ 438. A vantagem é conferida pela cotação interna, em torno de US$ 260 ou R$ 459. O cálculo considera um câmbio de R$ 1,75. Na mesma época do ano passado, na paridade exportação, o cereal recebida US$ 167/tonelada. A variação em um ano chega a 57%, calcula Stefanelo.
Flávio Turra, da Ocepar, destaca que o período retrata uma situação atípica, que raramente tem ocorrido. Mesmo porque, o Paraná só começou a exportar milho para compensar o preço, que nas últimas safra vinha muito depreciado no mercado interno.