Após meses de sossego, umidade passa a preocupar sojicultura
A colheita em meio a chuvas diárias. Esse será o desafio dos produtores de soja do Sul e do Centro-Oeste nos próximos dois meses. Se as previsões climáticas se confirmarem, deve chover acima do normal nessas regiões. O quadro já preocupa Mato Grosso do Sul, um dos estados que mais sofreu com a seca ano passado.
“O excesso de chuva tende a prejudicar a qualidade dos grãos”, afirma o assessor técnico da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Lucas Galvan. Ele conta que o fato de as precipitações estarem diminuindo um pouco traz certa tranquilidade, mas considera que o risco para a colheita persiste.
As primeiras áreas que estão sendo colhidas em Goiás redem soja de boa qualidade mas com grãos mais leves que o esperado, relata o agrônomo Paulo Dias, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ele considera que o fato pode estar relacionado ao excesso de chuvas. A expectativa é que esse quadro seja uma exceção, pondera.
Paulo Dias participa da Expedição Safra RPC dando apoio técnico à equipe de jornalistas que percorre o Centro-Oeste esta semana, numa viagem de 5 mil quilômetros.