A Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), focada na produção de grãos, já está recebendo parte do leite produzido por agricultores familiares da região de Pedro Afonso, onde a cana-de-açúcar vem roubando gradativamente o espaço ocupado pela soja. O volume de leite despejado nos tanques da cooperativa, no entanto, ainda é bem inferior à meta de 2,8 mil litros por dia previstos inicialmente, só para a época da seca.
De acordo com o gerente de laticínio da Coapa, Wilton Galindo, a cada três dias 5 mil litros de leite são captados em seis unidades de recebimento espalhadas pela região. Ele conta que a cooperativa já fez parceria com cerca de 20 associações de produtores em cinco municípios vizinhos, mas apenas seis delas estão participando do projeto do leite.
A baixa adesão dos produtores se deve ao preço oferecido pela cooperativa – de R$ 0,50 por litro –, inferior ao valor que os produtores conseguem ao vender o produto de porta em porta. “Ainda estamos no vermelho, mas conscientes de que levaremos no mínimo dois anos para ter maior aceitação do programa”, prevê Galindo.
Uma das alternativas da cooperativa para atrair a produção local é instalar um laticínio próprio, com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Hoje, o produto que chega aos tanques da Coapa é encaminhado para uma Leitbom, parceira do projeto.