Compradores da divisa do Distrito Federal com Goiás estão pagando até R$ 3 a mais por saca de soja não-transgênica, afirma o presidente da Cooperativa Agropecuária do Distrito Federal (Coopa DF), Leomar Cenci.
Ele diz que os produtores adquirem o prêmio mediante segregação do produto e que a média de preço da comercialização foi de R$ 44 por saca na região, que é considerada um pólo na produção de sementes.
“Maior parte do grão (convencional) é destinado ao mercado europeu”, explica. A alta no preço da soja estimulou os agricultores a comprometer maior parcela da produção antecipadamente este ano, revela Cenci. Ele estima que o porcentual vendido foi de 50%, contra 20% no ano passado.
Instalada na divisa com o estado de Goiás, a área de atuação da Coopa DF abrange 90 mil hectares de terras conhecidas por alta fertilidade do solo.
Com a colheita ainda em fase inicial, Cenci acredita que neste ano a produtividade da soja ficará em linha com a registrada ano anterior, entre 40 e 45 sacas por hectare.
“Sofremos com um período de seca entre janeiro e fevereiro e com excesso de chuvas agora no final”, conta o presidente da cooperativa. Até o momento, Cenci acredita que a colheita tenha sido concluída em menos de 20% da área da região.