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Quebra tem relação direta com o plantio

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Produtores que optaram por semear no final do zoneamento se deram bem

PALMAS José Rocher

A semana de largada da Expedição Safra mostra a situação das lavouras no Sul do Paraná. A região teve quebra bem maior no milho que na soja, principalmente entre os produtores que plantaram o cereal mais cedo que o de costume. A estiagem atingiu cerca de 10% da soja castigou perto de 40% do milho, conforme avaliação da cooperativa Bom Jesus, a maior da região.

A viagem pelas lavouras começou com uma visita a uma propriedade do município da Lapa, onde o produtor Alaor Muller teve perda de 50% no milho. Ele só vai conseguir pagar os custos se os preços subirem. A tendência é de baixa por causa dos elevados estoques. Muller perdeu ainda 50% do feijão, cultura que também mal está cobrindo os custos.

Os agricultores contam que o prejuízo no milho será maior que o que mostram especificamente as lavouras, porque os custos estavam elevados na época da compra de insumos. Além disso, a seca exigiu mais inseticidas que em anos anteriores. Lavouras em que houve três aplicações estão infestadas de lagartas.

Em Bituruna, Luiz Bertoletti e seus filhos dizem que a margem de rendimento do milho será de 20% sobre o custo operacional. Eles são pequenos produtores e estão entre os que tiveram menos perdas.

Em Palmas, os produtores Renato Vargas e Roque Ferronatto motraram lavouras que não foram atingidas pela seca. A preferência foi por variedades de milho de ciclo médio e o plantio, tanto do cereal quanto da soja, ocorreu no final do período do zoneamento agroclimático.

A equipe técnico-jornalística segue para o Sudoeste, onde visitará lavouras de Pato Branco, Francisco Beltrão e São João. Ainda nesta semana, será percorrida a região de Guarapuava.

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