Investimento maior, a partir de queda nos preços dos insumos, tende a estabelecer novo patamar de produtividade
Depois de décadas de expansão, a soja não vem ganhando área neste ano no Oeste da Bahia. Deve apenas sustentar 1 milhão de hectares, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo junto a especialistas e produtores. O avanço, que representa até dez sacas por hectare em áreas que tiveram problema climático em 2009, deve-se ao clima e ao investimento em insumos, mais confiante do que o do ano passado.
Uma série de fatores contribui para essa tendência na produção. Áreas abertas há dez anos entram num ciclo mais produtivo, diz o agricultor Elton Sartori, que chegou à região de Ribeirão das Neves em 2000.
“Se eu pudesse escolher um clima para a soja, escolheria o La Niña”, acrescenta. Com clima favorável, a produtividade tende a chegar a 60 sacas por hectare em áreas que renderam de 40 a 50 na temporada anterior.
A expectativa era de que a soja ganhasse área até 20% maior, uma vez que existem 3 milhões de hectares a serem abertos na região. A expansão foi pequena, conforme o setor, e houve pressão do algodão, apontado como a melhor alternativa desta temporada.
O milho não deve resistir à força das outras culturas e tende a ocupar apenas 150 mil hectares. A redução pode chegar a 30 mil ha.
