Colheita de soja e milho dispara nesta semana com clima mais seco, após semanas de preocupação
Os campos do Oeste de Santa Catarina finalmente ficaram secos o suficiente para que a colheita de soja e milho disparasse. Até sábado da semana passada, boa parte das plantações estava encharcada. Domingo, segunda e terça-feira foram ensolarados e afastaram o risco de perdas expressivas.
Nesta mesma época do ano passado, muitos produtores já tinham encerrado a colheita. Mesmo assim, o setor considera que o ritmo dos trabalhos está dentro da média histórica. As colheitadeiras saíram mais cedo dos barracões em 2010 e, agora, um pouco mais tarde, causando a diferença de até três semanas nos trabalhos.
“A chuva estava no limite. Se o clima não mudasse, a qualidade da produção iria cair”, afirma o agrônomo Emanuel Gomes de Morais, que trabalha na cooperativa C. Vale em Faxinal dos Guedes. Em sua avaliação, os índices de produtividade só não vão superar os do ano passado porque em 2010 houve marcas excelentes.
“A colheita de 2011 também é uma das melhores, mas como todo mundo se preparou para um período mais seco, por causa do La Niña, com tecnologia adequada às previsões meteorológicas, não devemos atingir os índices máximos desta vez”, frisa.
Jandir Carmignan, que ano passado atingiu 70 sacas de soja por hectare, nesta temporada deve fechar média de 66. As primeiras lavouras colhidas até superam este índice, mas a previsão é que os lotes de ciclo médio puxem a marca para baixo.
A Expedição Safra Gazeta do Povo trabalha em duas frentes nesta semana: uma equipe percorre Santa Catarina e Rio Grande do Sul e outra, Maranhão e Tocantins.