Na foto, várias urnas ainda lacradas antes do início da votação deste domingo (28).| Foto:

Segunda feira, logo depois do fim de umas das eleições mais polarizadas da história do Brasil, depois que já sabemos quem é o novo Presidente da República, pouco a pouco, a população vai se desintoxicar deste longo e doloroso processo eleitoral.

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Vai levar tempo pra cada brasileiro se recuperar da enorme quantidade de intrigas que foram despejadas sobre eles. Vai levar tempo até que cada um chegue à conclusão que os amigos e parentes com quem brigaram não são seus inimigos. Vai levar tempo pras pessoas saírem do clima de guerra, acusações e mentiras de toda sorte. Tempo de eleições é um tempo tóxico.

Porém, em pouco tempo, cada um vai se lembrar que tem o aluguel pra pagar, que os carnês vão vencer e que as dívidas não desapareceram. A vida, logo ganhará o seu caminho, sem que nada terá mudado num passe de mágica logo depois das eleições.

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Para alguns, os sonhos e projetos futuros voltarão a ocupar sua mente, depois que o espaço ocupado pela guerra eleitoral ficar disponível de novo. Que saudade da vida normal, dos dias sem facadas, sem vídeos pornográficos com candidatos flagrados e sem teorias de conspiração que apareciam a cada dia.

Agora, é hora de limpar os escombros gerados pela guerra; é hora de tratar as feridas deixadas e enterrar os nossos mortos. É hora de recomeçar, de olhar pra frente e de acreditar que neste solo, plantaremos e colheremos, sem a preocupação de termos nossa terra invadida, nossa plantação destruída e nossos animais sacrificados.

É hora de mudança.

É hora de dizer para o poste:

“Você não vai mais fazer xixi no cachorro”

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É hora de paz e de leis mais rígidas, de menos corrupção e ruas mais seguras para população. Será?

Porém, também é hora de tolerância, de respeito às minorias e de união de todas as raças.

Nós, os brasileiros, provamos nessas eleições que damos as cartas. Trocamos a maioria do Senado e do Congresso. Isso mesmo, demitimos caciques e renovamos as esperanças. Mostramos que não há meios de comunicação que decidem por nós e tampouco artistas que pensam por nós. A internet foi o campo de batalha de todas as mobilizações.

Entre excessos e escorregões de ambos os lados, venceu a vontade da maioria. Quanto aos que foram derrotados, esses terão a oportunidade de terem um comportamento democrático e reconhecerem a vitória do adversário, pelo bem do Brasil.

Este será o maior teste: reconhecerem a vitória do adversário e provarem que a democracia não está apenas no discurso, mas sim, na prática.

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Que Deus abençoe o Brasil.