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“O Comprador reconhece que a Vacina e os materiais relativos à Vacina, e seus componentes e materiais constitutivos, estão sendo desenvolvidos rapidamente devido às circunstâncias de emergência da pandemia de Covid-19 e continuarão sendo estudados após o fornecimento da vacina para o Comprador de acordo com este Contrato. O Comprador ainda reconhece que a eficácia e os efeitos a longo prazo da Vacina ainda não são conhecidos e que pode haver efeitos adversos da Vacina que não são conhecidos atualmente...” (Item 5.5 do Contrato 52/2021, firmado em 18 de março de 2021 entre a Pfizer e a União)
No último sábado, 8 de janeiro, um grupo de dezenas de médicos, cientistas e parlamentares britânicos enviou ao Joint Committee on Vaccination and Immunisation (JCVI) do Reino Unido uma carta solicitando a interrupção da vacinação em crianças saudáveis, grupo para o qual, segundo os signatários, os riscos da vacina superam consideravelmente os benefícios. Assinado por parlamentares como Miriam Cates, Esther McVey e Desmond Swayne, e cientistas médicos como Allyson Pollock, Roland Salmon e Brent Taylor, o documento afirma categoricamente que a relação risco-benefício “piorou muito desde setembro de 2021”, quando a vacinação infantil foi aprovada pelo governo, apesar de uma primeira recomendação em contrário do próprio JCVI.
De acordo com os autores, o cálculo de risco-benefício posteriormente feito pelo JCVI e pelo Chief Medical Officer (CMO) para a aprovação baseia-se em “dados muito incompletos sobre riscos e benefícios de se vacinar crianças”, sobretudo em comparação com as evidências hoje disponíveis. Dentre essas evidências, a carta cita estudos demostrando que, para homens jovens e meninos, o risco de miocardite seria 14 vezes maior após a vacinação do que após a contração da Covid-19.
“Se vamos mesmo seguir com a dupla vacinação em massa de crianças saudáveis, devemos estar absolutamente certos de que essa política fará mais bem do que mal.”
Médicos, cientistas e parlamentares britânicos signatários da carta enviada ao Joint Committee on Vaccination and Immunisation (JCVI) do Reino Unido.
Considerando o alto nível de imunidade natural adquirida com a infecção, e a substituição da variante delta pela ômicron, mais branda, os especialistas alertam: “se vamos mesmo seguir com a dupla vacinação em massa de crianças saudáveis, devemos estar absolutamente certos de que essa política fará mais bem do que mal”. E concluem: “Rogamos ao JCVI que considere as novas evidências e instrua o governo com relação à vacinação em massa de crianças saudáveis entre 12 e 15 anos de idade”. Note-se que a vacinação de crianças abaixo de 12 anos nem sequer é considerada.
Brent Taylor, professor emérito da Community Child Health, UCL Great Ormond Street Institute of Child Health, ex-membro do JCVI e um dos signatários da carta, declarou o seguinte:
“O JCVI fez uma recomendação muito sensata e digna de aplausos quando, em setembro, comunicou ao governo ser contrário à vacinação em massa de crianças saudáveis. O comitê estava justamente preocupado com os danos potenciais desconhecidos das novas vacinas, em particular a miocardite. Desde a incompreensível decisão do CMO de ignorar esse conselho, segundas doses vêm sendo oferecidas às crianças, a despeito de novas evidências sobre o risco de miocardite e, o mais preocupante, sobre a frequência, sobretudo após a segunda dose. Os últimos dados do CDC registram taxas elevadas de miocardite pós-vacinal em jovens do sexo masculino com idade entre 12 e 15 anos, 2,5 a 24 vezes maiores nos sete dias subsequentes à primeira dose, e 24 a 228 vezes maiores nos sete dias subsequentes à segunda dose. Portanto, embora os riscos absolutos sejam ainda pequenos, não podem ser descritos como triviais, e o risco absoluto da Covid-19 para crianças saudáveis é irrisório. Ademais, as vacinas não impedem nem contágio nem transmissão, e muitas crianças adquirirão uma prolongada e robusta imunidade natural pós-infecção. Assim, temo que a vacinação em massa de crianças saudáveis não se baseie em evidências sólidas. Está na hora de o JCVI, o CMO e o governo revisarem todos os dados hoje disponíveis e alterarem sua recomendação”.
Os signatários da carta falam o tempo todo de novas evidências sobre efeitos colaterais das vacinas, sobretudo as experimentais, com nova tecnologia de mRNA. Que evidências são essas? Há, por um lado, um aumento nos relatos e notícias de jovens e crianças vitimados ao redor do mundo: nos EUA (Texas e Washington, por exemplo), no Vietnã, na Nova Zelândia, na Argentina etc. E, por outro, uma impressionante massa crítica acumulada de novos estudos (ver, por exemplo, essa e essa outra lista).
Não por acaso, os mais de 15 mil médicos e cientistas signatários da Declaração dos Médicos – documento concebido em reação à estúpida covidocracia que tomou conta do planeta, e sobre a qual já falei aqui nesta coluna – resolveram atualizar o documento e incluir uma contundente e direta recomendação às autoridades responsáveis pelas políticas de combate à Covid-19: “crianças saudáveis não devem ser submetidas à vacinação forçada”. A justificativa é simples: a) em pessoas menores de 18 anos, os riscos clínicos atrelados à infecção pelo Sars-CoV-2 são baixíssimos; b) a segurança de longo prazo da vacinação em crianças ainda não foi adequadamente estimada; c) as crianças estão sujeitas ao risco já demonstrado de efeitos adversos graves decorrentes das vacinas, incluindo danos permanentes ao cérebro, ao coração e aos sistemas imunológico e reprodutivo; d) crianças saudáveis e não vacinadas são peças cruciais para a aquisição da imunidade de rebanho.
No Brasil, também se inicia, ainda timidamente, uma reação à vacinação infantil desenfreada, que os covidocratas mais afoitos não hesitam de descrever como uma “festa” – quase como se os pais fossem levar os filhos para ver a chegada do Papai Noel (que, embora arranque o choro eventual de algumas crianças, tem a inegável vantagem de não ocasionar miocardite). Como noticiou esta Gazeta do Povo, no último dia 7 de janeiro um grupo de defensores públicos da União enviou ao Ministério da Saúde uma carta solicitando ampla publicidade das informações relativas à vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. Segundo os defensores, os pais e responsáveis devem ser alertados de que “a vacina Covid-19 Cominarty/Pfizer ainda se encontra em fase experimental e que seu uso pode ocasionar miocardite e pericardite nas crianças, além de outras reações adversas que ainda não são conhecidas (informações contidas na bula do medicamento, mas que não são apresentadas nos postos de vacinação)”. O grupo sugeriu que as informações fossem divulgadas nos postos de saúde, em banners e cartazes, além dos meios digitais. A informação deveria também ser publicizada via televisão, rádio e jornais (imagino que até mesmo aqueles comprometidos até a medula em apenas promover a “festa” da vacinação).
Caso ocorra também aqui alguma fatalidade decorrente do experimento vacinal, prefeitos, governadores, ministros do STF, médicos financiados pelas Big Pharma, jornalistas e censores de rede social serão os primeiros a dar no pé, deixando as famílias desamparadas
Trata-se, sem sombra de dúvidas, de uma bem-vinda tentativa de conter o ânimo e a ebriedade dos festeiros da vacinação infantil, para quem os pais devem ir correndo levar os filhos para se vacinar, sem se preocupar muito, como disse recentemente o prefeito do Rio Eduardo Paes (a quem apelidei de “o tirano cordial”), em “ouvir besteira” – besteira, no caso, sendo toda e qualquer informação relativa a possíveis riscos da vacina. Porque, caso ocorra também aqui alguma fatalidade decorrente do experimento vacinal, todos esses festeiros – prefeitos, governadores, ministros do STF, parlamentares, médicos e especialistas financiados pelas Big Pharma, jornalistas e “influenciadores”, censores de rede social etc. – serão os primeiros a dar no pé, deixando as famílias desamparadas, quando não mesmo silenciadas, como aconteceu recentemente com Arlene Graf, mãe enlutada vítima da vacina experimental, e censurada de forma ultrajante pelo Twitter.
Esperemos que, numa tal eventualidade trágica (queira Deus nunca venha a ocorrer!), pelo menos o presidente da Anvisa se manifeste. Tão prontamente quanto o fez na cartinha-resposta às insinuações do presidente Bolsonaro sobre a (de fato) estranha afobação da agência na autorização da vacinação de crianças. Mas, dessa vez, sem tanto melindre, orgulho ferido, exibicionismo moral e ostentação de virtudes, quer reais, quer imaginárias. Porque, afinal de contas, Bolsonaro pode ter vocalizado de modo torto uma preocupação legítima de pais e mães brasileiros, e o presidente da Anvisa – bem como o Ministro da Saúde, convém não esquecer – deveria ser a última pessoa no mundo a querer transformar o experimento vacinal numa grande “festa” infantil.
Estou certo de que, nesse assunto, a cautela é o mínimo que se espera das autoridades, já que nenhum pai e nenhuma mãe, conquanto bem informados, aceitariam ter seus filhos transformados em cobaias. E, ao que parece, transformá-los em cobaias é precisamente o que desejam alguns cientistas orgânicos da covidocracia, cientistas como Eric Rubin – consultor da FDA, professor de Harvard e editor-chefe do The New England Journal of Medicine –, que teve a ousadia de declarar: “Nunca saberemos o quão segura é uma vacina a não ser que comecemos a utilizá-la”. Em outras palavras: precisamos experimentá-la nas pessoas – e, preferencialmente, de maneira compulsória, como temos visto – para ver se são ou não seguras. Se isso já seria imoral em si, contrariando todos os códigos de direitos humanos relativos à pesquisa médica, passa a ser criminoso quando imposto a crianças, como querem alguns.
(Este artigo é dedicado a Novak Djokovic, já consagrado como um dos maiores tenistas de todos os tempos, e hoje um guerreiro na luta por liberdade e contra a covidocracia global.)
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos