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Flávio Gordon

Flávio Gordon

Sua arma contra a corrupção da inteligência. Coluna atualizada às quartas-feiras

De bode – um soneto alexandrino

Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash)

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Querem fazer-nos crer que está tudo normal.

Mas há muito se escuta um balido do mal.

A nação inda tenta lutar quanto pode.

Não lhe apraz sucumbir sob os cascos do bode.

Fabricou-se um fetiche em que a gente apostou.

Sem pudor, e ao contrário, ele veio e afagou

O ego dos bacharéis, que o tomaram por Cristo.

Coisa bem especial que ninguém tinha visto.

Exigiu, sem alarde, o que é tão precioso.

Ofertou o que há de mais baixo no mundo.

Fisgou uns com lisonja e com seu ar jocoso.

E comprou outra parte até pagando pouco.

Barganhar, apoucar, eis o seu dom imundo.

Mas quem su’alma vende é que deve estar louco.

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