“Todo mundo precisa de um técnico. Não importa se você é um jogador de basquete, um tenista, um ginasta ou um jogador de bridge.” (Bill Gates)
No fim de 2021, Bill Gates declarou que os governos do mundo deveriam se preparar para enfrentar futuras pandemias e ataques bioterroristas com vírus da varíola. O alerta foi dado em entrevista a Jeremy Hunt, presidente do Comitê Seleto de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, para o think tank Policy Exchange. A preparação deveria incluir o investimento de bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, bem como a criação de uma força-tarefa contra pandemias por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Além dessas propostas, o fundador da Microsoft sugeriu também a prática daquilo que chamou de “germ games” (“jogos gérmicos”, em tradução livre), uma espécie de exercício preparatório para o enfrentamento de eventuais novos surtos, quer de origem natural, quer de origem terrorista. “Custará provavelmente cerca de um bilhão por ano para uma força-tarefa ao nível da OMS, para fazer o controle e aquilo que chamo de ‘germ games’, em que você pratica” – disse Gates. “Imaginemos que um bioterrorista ataque dez aeroportos com o vírus da varíola. Como responder a isso?”
A fala de Bill Gates é de 4 de novembro de 2021. Coisa de seis meses depois, cá estamos nós, às voltas com o anúncio de uma possível nova pandemia, agora justamente de... varíola. Não sei o que pensa o leitor, mas, após as notícias sobre o aumento global dos casos de varíola do macaco – situação que já leva autoridades de saúde em várias partes do mundo, inclusive da nossa Anvisa, a cogitar medidas restritivas similares às adotadas para a Covid-19 –, começo a achar que nós somos as peças no tabuleiro desses tais “jogos gérmicos” concebidos pelo outrora vendedor de vacinas digitais (os antivírus da Microsoft), e hoje vendedor de vacinas analógicas. Afinal, já tivemos um desses jogos antes. E conhecemos a estranha coincidência de ele haver antecipado a pandemia global que, meses depois, devastaria o planeta.
Após as notícias sobre o aumento global dos casos de varíola do macaco, começo a achar que nós somos as peças no tabuleiro desses tais “jogos gérmicos” concebidos por Bill Gates
Aconteceu em outubro de 2019, mesma época em que – mais uma estranha coincidência! – a China estava adquirindo quantidades inéditas de testes PCR. Naquele momento, a Fundação Bill e Melinda Gates, o Johns Hopkins Center for Health Security e o Fórum Econômico Mundial (entidade responsável por publicar o libelo globalista Covid-19: the Great Reset) reuniram 15 lideranças das áreas de negócios, saúde pública e governança para um estranho evento, com o pitoresco nome de “Event 201: a global pandemic exercise”.
O referido “germ game” teve três horas e meia de duração, no decorrer das quais os participantes – dentre eles George Fu Gao, então diretor do Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China – eram confrontados com cenários dramáticos e vários dilemas, tendo por missão formular respostas e propor soluções para uma hipotética pandemia causada por... um novo coronavírus. Ausente num jogador comum, essa capacidade de antever a jogada é marca registrada do craque. E, em se tratando dos “germ games”, Bill Gates é indubitavelmente um craque.
Mas os jogos mundiais pandêmicos não estariam completos sem a presença de um outro jogador de destaque: Anthony Fauci. Também aproximadamente no mesmo momento em que a China comprava quantidades extraordinárias de testes PCR, e que Bill Gates e seus companheiros de equipe faziam exercícios de futurologia sobre uma pandemia de coronavírus, a FDA (U.S. Food and Drug Administration) aprovava uma nova vacina de prevenção contra a varíola comum e... contra a varíola do macaco. A vacina foi produzida pela Bavarian Nordic, empresa que recebeu da Niaid (U.S. National Institute of Allergy and Infectious Diseases), perpetuamente comandada por Fauci, um subsídio de US$ 100 milhões. Empresa de sorte, não é mesmo?
E isso não é tudo. Em 28 de fevereiro deste ano, meses antes do mais recente surto global de varíola do macaco, foi publicado na revista científica chinesa Virologia Sinica um estudo que reunia fragmentos do genoma do vírus da varíola do macaco, a fim de permitir a sua detecção via testes PCR. A metodologia utilizada é conhecida como TAR (recombinação associada a transformação), descrita como “essencial para preparar clones contagiosos de grandes vírus de DNA e RNA”. O estudo admite que, aplicado à pesquisa em virologia, o método TAR “pode suscitar preocupações sobre segurança, sobretudo quando o produto reunido contém um conjunto completo de material genético capaz de ser recuperado num patógeno contagioso”.
Ah, já ia quase me esquecendo de contar ao leitor: o referido estudo é coautorado por nove pesquisadores do... Instituto de Virologia de Wuhan (IVW). Sim, aquele mesmo, em cujos laboratórios com índices insuficientes de biossegurança se realizavam pesquisas em “ganho de função” financiadas pela mesma Niaid de Anthony Fauci, e que pode muito bem ter sido a origem do Sars-CoV-2, hipótese que o “consórcio” mundial de imprensa nos garantiu se tratar de uma “teoria da conspiração” (como já discutimos em vários artigos, aqui, aqui, aqui e aqui).
Para quem, mais uma vez, ouse especular que as novas mutações do vírus da varíola do macaco possam ser fruto de experimentos conduzidos no IVW ou qualquer outro laboratório, a pecha de “teoria da conspiração” já está novamente à disposição, pronta para uso. Já para os incorrigíveis, segundo os quais toda essa corrida sanitária talvez não passe de um pretexto para o controle político totalitário, estão abertas novas vagas em maravilhosos centros de reeducação para a cidadania global. Os jogadores estão prontos. O tabuleiro, montado. E as peças, cá estamos. Let’s play!
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