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Flavio Quintela

Flavio Quintela

Midterms

Trump segue mostrando sua força

Herschel Walker, candidato republicano ao Senado pelo estado da Geórgia, discursa em um evento de campanha em 9 de setembro. (Foto: Erik S. Lesser/EFE/EPA)
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As primárias de Massachusetts ocorreram no dia 6 de setembro e, como já se tornou praxe, o candidato apoiado por Trump venceu a disputa para poder concorrer ao governo do estado. Geoff Diehl venceu Chris Doughty com 55,5% dos votos. A grande imprensa americana, que odeia Donald Trump acima de qualquer outra pessoa no planeta, já decretou a derrota dos republicanos neste que é um dos estados mais liberais do país, mas que tem um histórico de eleger governadores republicanos para equilibrar a forte maioria democrata na legislatura estadual. De acordo com CNN, The New York Times, PBS et caterva, a toxicidade de Trump será a razão da derrota de Diehl.

O candidato republicano enfrentará Maura Healey, atual procuradora-geral do estado. Caso seja eleita, ela se tornará a primeira mulher lésbica a governar um estado americano. Healey terá, no entanto, uma maldição para superar se quiser se sentar na cadeira de governador. Desde 1958, nada menos que seis procuradores-gerais do estado tentaram conquistar a vaga e todos perderam suas disputas.

Uma curiosidade: o português é a terceira língua mais falada em Massachusetts, à frente inclusive do chinês. Um reflexo da enorme colônia brasileira de Boston, uma das maiores do país.

Partindo do princípio de que os republicanos têm como praticamente certa a tomada da maioria na Câmara, a disputa pela maioria do Senado se torna uma das mais importantes da história

Oito disputas cruciais

O Senado americano tem, atualmente, uma fraquíssima maioria democrata. Ambos os partidos têm o mesmo número de cadeiras, mas o eventual desempate em votações cabe à vice-presidente Kamala Harris. Partindo do princípio de que os republicanos têm como praticamente certa a tomada da maioria na Câmara, a disputa pela maioria do Senado se torna uma das mais importantes da história.

Há oito cadeiras que prometem ser as mais difíceis e importantes para a conquista da maioria, e vale a pena falar um pouco sobre cada uma delas.

Arizona: Sen. Mark Kelly (D) vs Blake Masters (R)
Masters, o candidato de Trump, tem estado atrás nas pesquisas desde o início. Até pouco tempo atrás, o Arizona era um estado vermelho e tinha dois senadores republicanos; hoje tem dois democratas e é considerado “azul claro” (ou seja, com leve predominância democrata). Se quiserem conquistar a maioria no Senado, os republicanos precisam vencer no Arizona ou na Geórgia. A dupla derrota tornará a empreitada muito mais espinhosa.

Geórgia: Sen. Raphael Warnock (D) vs Herschel Walker (R)
Walker é o candidato apoiado por Trump. Mais que isso, ele é amigo pessoal do ex-presidente. A Geórgia foi uma das maiores surpresas das últimas eleições. Ninguém esperava que os democratas vencessem as duas vagas do Senado, e foram justamente essas vitórias que garantiram ao partido a maioria. Walker tem estado atrás nas pesquisas, mas a diferença não é tão grande.

Nevada: Sen. Catherine Cortez-Masto (D) vs Adam Laxalt (R)
Enquanto a Geórgia passou de vermelho para roxo, Nevada tem feito o caminho contrário. E a atual senadora venceu a disputa de 2016 com apenas dois pontos e meio de vantagem. As pesquisas mostram atualmente um empate técnico entre os dois candidatos. Essa cadeira é primordial para os republicanos. Se perderem essa disputa, a maioria no Senado fica bem mais longe.

New Hampshire: Sen. Maggie Hassan (D) vs Don Bolduc (R)
Mais um estado em que a senadora atual venceu sua eleição anterior com margem minúscula. Hassan teve apenas 1.017 votos a mais que a republicana Kelly Ayotte em 2016. As pesquisas a tem mostrado à frente de Bolduc, mas já faz dois meses que nenhuma nova pesquisa é divulgada. Uma disputa aberta com tendência leve para os democratas.

Carolina do Norte: Cheri Beasley (D) vs Ted Budd (R)
Budd é um candidato que tem se dito um “republicano trumpista com orgulho”. Ele tem tido vantagem nas pesquisas desde o início, mas nada que lhe dê total tranquilidade. Uma derrota nesse estado, no entanto, seria terrível para os republicanos.

Ohio: Tim Ryan (D) vs J.D. Vance (R)
Biden perdeu em Ohio e Hillary também, ambos por oito pontos. Esse seria, portanto, um assento um tanto fácil para os republicanos. E é por isso que uma derrota aqui será interpretada como uma ferida mortal para as ambições do partido.

Pensilvânia: John Fetterman (D) vs Mehmet Oz (R)
A campanha do Doutor Oz não tem conseguido tirar a vantagem de Fetterman, que já chegou a dois dígitos. Oz começou sua campanha pintando Fetterman como esquerdista radical, dizendo que ele era mole demais com o crime. Não deu certo, e ele passou a insinuar que seu oponente tinha medo de debates. Até o momento, não funcionou também.

Wisconsin: Mandela Barnes (D) vs sen. Ron Johnson (R)
Em 2016, o resultado das eleições para senador em Wisconsin foi surpreendente. Enquanto as pesquisas davam a vitória ao ex-senador democrata Russ Feingold com folga, o resultado real levou Ron Johnson a Washington. Os republicanos esperam que ele tire outro coelho da cartola e garanta sua reeleição.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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