Faltam apenas 12 dias para o primeiro turno e finalmente cheguei ao último artigo deste série. Se um dia eu publicar uma coletânea em forma de livro, certamente haverá um capítulo para as eleições de 2018.
Fernando Haddad é o candidato que representa o partido mais podre e maligno que já operou no sistema político brasileiro. Fosse somente por isso, combater a sua candidatura já seria uma obrigação. Mas Haddad representa algo ainda pior: ele é a voz de um criminoso que dá as cartas de dentro da prisão.
As nossas memórias de um governo federal petista são extremamente frescas. Foram 13 anos sob o comando de uma quadrilha que quebrou todos os recordes mundiais de corrupção, soterrando a nação sob uma grossa camada de imoralidade. Nesses 13 anos, vimos o Brasil afundar sob todos os aspectos, e as nossas “conquistas” foram de causar inveja às republiquetas mais atrasadas do planeta: últimas posições nos rankings de educação, país mais violento do mundo em números absolutos, maior escândalo de corrupção da história humana, único país do globo já presidido por uma pessoa com retardo mental grave etc. A lista é extensa demais para caber aqui.
O candidato em si também traz memórias particularmente ruins, especialmente para os paulistanos. Sua passagem pela prefeitura da maior cidade do país deixou saudades. Do Celso Pitta. Haddad conseguiu a façanha de não ser reeleito já em primeiro turno, conquistando apenas um em cada seis votos. Ficou famoso por criar ciclovias pintadas de vermelho por toda a capital, com especial predileção por locais onde não havia cabimento enfiar uma faixa exclusiva para ciclistas. Criticá-lo e odiar sua administração foi o esporte preferido de muita gente, incluindo os funcionários públicos municipais, que sofreram com o aparelhamento pesado que todo petista faz com a máquina pública quando consegue um cargo no Executivo.
Não há muito mais o que falar sobre esse candidato, ao mesmo tempo em que não podemos parar de falar dele. Um dos piores cenários de segundo turno se aproxima, e o PT volta a ter chances – e não são pequenas – de retomar a Presidência do Brasil. A disputa que se desenha é de extremos e, ainda que uma boa parcela da população esteja desejosa de rompimentos radicais com tudo o que vem sendo feito há décadas no âmbito político, a vitória em segundo turno depende demais da conquista dos votos moderados. O princípio é bastante lógico e simples: quem gosta de extremos vota nos extremos de cara, no primeiro turno, e esses votos permanecem no segundo turno – haja visto o nível de decisão de voto dos dois candidatos que lideram a última pesquisa do BTG Pactual, divulgada anteontem: 86% dos eleitores de Bolsonaro e 84% dos de Haddad declararam como definitivo seu voto. No segundo turno, precisa-se somar votos dados para outros candidatos para se chegar à vitória, ou seja, precisa-se dos votos de todo mundo que ficou entre os dois extremos. Por incrível que pareça, Haddad se coloca numa posição mais moderada que Bolsonaro (obviamente uma mentira de campanha, a mesma mentira que elegeu Lula paz e amor em 2002), e por isso tem se dado melhor nas simulações de segundo turno.
Pelo bem do Brasil, urge que cada um de nós que preza pelos valores mais nobres da civilização ocidental se engaje na desconstrução de Fernando Haddad. Caberia ao candidato Jair Bolsonaro e aos seus militantes conquistar os votos de moderados e indecisos, mas não tenho muita esperança de que o façam, seja pelo medo de perder os votos já conquistados, pela incapacidade do candidato de suavizar seu discurso ou pela insistência da militância na mitificação de Bolsonaro e no ataque frontal e constante aos eleitores que lhes serão de suma importância na segunda etapa da eleição. A arma que temos é a memória. Desmascarar o PT não é tarefa difícil, mas requer um esforço constante até o dia do segundo turno. Meu compromisso com o Brasil e com meus leitores é esse e somente esse: atacar a candidatura de Fernando Haddad com argumentos fortes, verdadeiros e claros. PT, nunca mais.