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Quanto dinheiro público foi roubado pela quadrilha petista e por todos os outros políticos e agentes públicos corruptos que ocuparam mandatos ou cargos nos últimos 15 anos? Infelizmente, não é possível responder a essa pergunta. Na verdade, só Deus sabe que quantia é essa. Mas, se eu tivesse que chutar um número, diria que é algo acima de US$ 1 trilhão, pouco mais do dobro de nosso PIB em 2016.

Como todo partido de esquerda que já governou neste mundo pós Segunda Guerra Mundial, o PT de Lula e Dilma cumpriu à risca a cartilha de maldades que costuma servir de guia para os seguidores de Marx: Estado inchado e ineficiente, economia cambaleante e instável, níveis absurdos de burocracia e controle sobre a sociedade, desarmamento da população, desmonte e ideologização do sistema de ensino, supressão de liberdades individuais, fomento ao coletivismo, desvalorização do mérito e estabelecimento da corrupção e da propina como padrão de operação da máquina pública. A quantidade de dinheiro público (meu e seu) que esse pessoal roubou daria para construir um novo país, ainda que pequeno.

Muitos comemoraram a condenação de Lula em primeira instância, emitida pela pena do juiz Sérgio Moro, como se fosse um chuveiro para a alma brasileira, tão cansada de levar bordoadas de todos os lados. Mas o fato é que a máquina estatal está terminalmente doente. A quantidade de reformas necessárias para transformar o Brasil em uma nação minimamente decente é tamanha que somente um super-herói seria capaz de fazê-las. E, quando digo super-herói, estou me referindo a figuras como Super-Homem, Thor, Batman e companhia. Mesmo que tivéssemos o nosso próprio Donald Trump, ou nossa Margareth Thatcher, ou ainda um Ronald Reagan dos trópicos, não haveria como resolver tudo em um ou dois mandatos. Mas o Brasil não tem nem super-heróis e nem estadistas. O Brasil tem isso aí que você vê um dia após o outro nos noticiários televisivos, nos jornais, na internet e na boca do povo. E um dos principais motivos de termos Lulas em vez de Reagans, Dilmas em vez de Thatchers e Temers em vez de Trumps é termos permitido que a esquerda demolisse nossa cultura e construísse em seu lugar uma coisa disforme, cuja única função é escravizar a população intelectualmente. Esse monstro horroroso e fedorento se retroalimenta, quase um moto-contínuo, injetando novos políticos previamente doutrinados e programados neste que é, quiçá, o sistema político mais corrupto que a humanidade já viu.

Qual é a solução? Que caminho devemos seguir para sair desse buraco que parece não ter fundo? Basta termos um Sérgio Moro e meia dúzia de parlamentares honestos? Enquanto muitos já defendem seus candidatos para a eleição de 2018, inclusive com brigas e discussões nas mídias sociais e na própria imprensa, poucos se voltam para o problema real, o fundamento sem o qual podemos fazer cinquenta eleições e continuar sendo um país tão ruim ou pior do que somos hoje.

Em primeiro lugar, os cidadãos brasileiros precisam recuperar seu direito à legítima defesa. Isso não inclui apenas a revogação do Estatuto do Desarmamento, mas também a reforma das leis que hoje tratam o cidadão de bem como um assassino caso ele tenha a audácia de se defender de um criminoso. Mais do que apenas diminuir a criminalidade, o acesso às armas dará à população uma premissa que ela atualmente não possui: a de lutar em pé de igualdade com o Estado. Hoje, com a população desarmada como está, nenhum político brasileiro deixa de dormir à noite porque a Avenida Paulista foi tomada por manifestantes gritando palavras de ordem. Você teria medo disso, se contasse com as únicas forças armadas do seu lado, sabendo que pedras, paus e coquetéis Molotov são o máximo que podem vir do inimigo?

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Em segundo lugar, e tão ou mais importante, está a ocupação do aparato cultural e educacional. Esse esforço começou algum tempo atrás, mas parece que tem muita gente achando que já chegamos a um ponto ideal, e que agora a luta passou para a esfera política. Esse é um grande erro, que pode levar a uma grande derrota em pouco tempo. As escolas, as universidades, as redações e as editoras ainda têm muito mais gente alinhada à esquerda do que à direita – não existe nem sinal de equilíbrio à vista. Se tirarmos os olhos dessa trincheira agora, achando que vitórias políticas garantirão o futuro que almejamos para a nação, cometeremos exatamente o mesmo erro que os generais cometeram cinco décadas atrás. A esquerda demorou mais de trinta anos para chegar ao poder e fez um trabalho impecável de domínio cultural nesse ínterim. A direita começou ontem e já acha que pode fazer o mesmo. Ainda que, de um dia para o outro, todos os professores, jornalistas e artistas de esquerda fossem substituídos por outros de direita, levaria duas décadas só para desfazer o estrago monumental que nossas últimas duas gerações sofreram.

O que vivemos hoje tem paralelo com a história do Êxodo bíblico, onde Deus diz a Moisés que aquela geração teria de vagar no deserto até que todos morressem. Enquanto a geração atual comandar o Brasil, estaremos todos num deserto moral sem saída. Nosso objetivo deve ser o de formar uma nova geração que possa conquistar a “terra prometida”. É bem provável que nós morramos do lado de fora, sem ter sequer um vislumbre de um Brasil que pode dar certo. Porém, o altruísmo de nossa geração pode salvar as próximas, e a luta por poder político ainda não tem lugar de destaque nesse esforço. A hora é de converter mentes; os votos virão como resultado.

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