Ainda me lembro bem do dia em que entrei pela primeira vez no Restaurante Quintana, aqui em Curitiba, pra almoçar, e me deparei com uma frase na parede: “O café é mais intelectual- o chá, mais espiritual.” Foi quase como uma “licença poética” de Mário Quintana pra ser eu mesma. Como já comentei em textos anteriores, tenho uma certa sensibilidade ao amargor e, nessa época, me via de certa forma me forçando a gostar de café por conveniência. O chá, não. O chá nunca foi forçado. Tinha desejo envolvido. O chá sempre me transportou de volta pra casa, onde quer que eu estivesse. É aconchego, carinho, acolhimento, cuidado. Ao tocar a boca, é quase como se eu pudesse reviver os momentos de infância, no inverno, quando a vó fazia um chazinho* de hortelã fresco, colhido na horta, pra esquentar o corpo – e a alma.
Nos últimos anos o consumo de chás cresceu muito. Bem como o mercado de cafés especiais, há um crescente interesse pelo entendimento e consumo de chás e blends mais elaborados e de melhor qualidade. O mercado da experiência vem ganhando força e, com isso, os produtos vem ganhando novos significados e olhares. Pensando nisso, podemos afirmar que o céu é o limite na liberdade para se reinventar e criar novas narrativas em cima de produtos que já existem.
Recentemente, conversei com minha amiga Bárbara Campelli, uma das idealizadoras da Billie ( Instagram @billiecocktails; WhatsApp: (41) 99591-3023), marca que lançou junto com o André de Oliveira e tem a proposta de, justamente, usar chás em uma experiência diferente! Os blends selecionados são usados para fazer drinks. Segundo ela, o consumo de chá vem aumentando nos últimos tempos por dois motivos principais: saudabilidade e, curiosamente, companhia.
“A Billie chegou num momento de recolhimento para fazer a festa em casa ou te acompanhar num momento de relaxamento com você mesmo. A gente acredita no conforto, nos sabores, na vida offline, na boa música e desenvolvemos drinks com alguns blends selecionados da Moncloa. São 5 releituras de clássicos da coquetelaria e dois drinks autorais. O queridinho do público é o autoral Bourbon Hug, que leva o chá Bourbon Vanilla – um Puehr com baunilha – whisky Bourbon, licor de café e bitter de baunilha e ainda pode ser servido quentinho ou degustado com gelo. Delicioso. O casamento do chá com o drink fica perfeito!”
Com uma breve pesquisa é possível encontrar outras inúmeras inovações do campo da experiência gastronômica - é massa pronta que vem em caixinhas tipo “china in box”, drinks de kombuchá, delivery de ingredientes porcionados pra você preparar uma refeição especial sem muito trabalho, e por aí vai…Você que é amante de gastronomia, ou da boa comida, qual a experiência diferente que tem vivenciado ao se alimentar?
*Hortelã é, na verdade, uma infusão. Só podem ser considerados “chás” aqueles preparados a partir das folhas da Camellia sinensis (que é a planta do chá verde).
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