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Barreira congelante
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Fazer exercícios físicos no frio pode ser desafiador, mas parar as atividades por causa do tempo ruim tende a trazer arrependimentos

Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Parque Tingui, em Curitiba, em dia de geada: temperatura baixa que começa no outono e se intensifica no inverno costuma afastar os atletas amadores

O famoso clima instável de Curitiba e o avanço do outono já deixam alertas os corredores de ruas. A queda de temperatura é eficiente inibidor da prática de exercícios físicos. Superar o desafio do frio e o desânimo que vem junto com ele durante o inverno é justamente a chave para chegar bem fisicamente para o verão.

Deixar para depois aquele treino em uma manhã fria e exagerar na alimentação são erros comuns nos dias de baixa temperatura. E eles podem custar caro lá na frente, quando se tentar correr atrás do tempo parado.

“Teve tempos em que no inverno e na chuva eu parei [de treinar] e foi frustrante. Perdi o ritmo e tive de reco­­meçar do zero”, contou a analista de processos, Vera Lucia dos Reis, de 50 anos, que corre há três anos.

Ela e o marido, o analista de sistema Carlos Alberto Martins, de 45, são exemplos de persistência contra o frio. “O corpo perde muito fácil o condicionamento. Ainda mais com certa idade”, comentou Martins. Faça frio ou chuva no gélido inverno curitibano, eles não deixam de treinar pelo menos três vezes por semana. Nem a esteira que eles têm em casa os afasta da corrida na rua.

O casal dá a receita para manter o ânimo e correr no frio: estabelecer metas e buscar o resultado nos treinamentos. “A dica é seguir um cronograma de treinos planejado. Esperar esquentar pode ser ruim e o ideal é manter a regularidade na atividade física”, explicou o personal trainer Murilo Bastos.

A importância em não dei­­xar de treinar acompanha a necessidade de ter atenção a requisitos especí­­ficos para a corrida no inverno. O aquecimento é ain­­da mais primordial. O alongamento permite ampliar a circulação sanguínea. Também é importante se proteger do ambiente desagradável com uma calça de lycra, jaqueta, luvas, gorro e protetor labial.

O treinador da Trainer Assessoria, Tiago Sbalqueiro, explicou que também é importante cuidar da alimentação, principalmente do porcentual de gordura. “No inverno é preciso ter autodisciplina. O principal é estipular metas e se superar”, afirmou. Ele considera o inverno uma etapa para se chegar bem no fim do ano, quando normalmente se tem mais disposição. Se o frio apertar, o corredor pode escolher a esteira, de preferência com até 2 graus de inclinação.

O engenheiro mecânico Marco Aurélio Pereira, 38 anos, rejeita correr na esteira e diz que en­­fren­­tar o frio e correr do lado de fora traz mais resultados e também uma recompensa: “Você vê uma paisagem bonita com a geada e a neblina de manhã cedo, com aquela grama branca”.

Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Vera Lúcia dos Reis, de 50 anos, e o marido, Carlos Alberto Martins, de 45, enfrentam o frio com luva para não perder o ritmo
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