• Carregando...
Cada vez mais difícil
| Foto:

Ciclismo estreia na sétima edição do Revezamento das Nascentes. Novidade tem tudo para dificultar o complicado trajeto

Antonio More/ Gazeta do Povo
O triatleta Gerson Doll, de 49 anos, inscrito na prova de amanhã, avisa: “O fator psicológico conta mais que o físico”

Imagine dificultar as pedaladas do asfalto com pedras, terra, subidas e descidas. Parece videogame: conforme se avança de estágio, aumenta o número de obstáculos. A cada nível superado, exige-se mais concentração e habilidade do jogador. A comparação pode ser­­vir de parâmetro aos participantes do Revezamento das Nascentes.

Além da tradicional corrida, a prova chega à sétima edição trazendo pela primeira vez o ciclismo. Amanhã, as largadas começam às 6 horas na cidade de Pira­­qua­­ra, na Região Metropo­­litana de Curitiba, seguindo para Co­­lom­­bo, Quatro Barras, Pinhais, Cam­­po Magro, e, finalmente, a chegada no Bosque São Cristóvão, já na capital paranaense.

Cada um dos dez trechos, com nível de dificuldade distinto. “Era um projeto que a Federação Para­­naense de Ciclismo já estava pa­­querando. É uma prova piloto, com 80 inscritos”, explica a assistente de marketing da Sportion, organizadora da prova, Luca Glaser.

Para os corredores, a única mu­­dança em relação aos anos anteriores é o aumento de um quilômetro nos 91,5 km de prova. O circuito é o mesmo. Passa por afluentes do Rio Iguaçu, os rios Pa­­mital, Atuba, Barigui e Pas­­saúna. Ciclistas calculam uma mé­­dia 3h40min de prova. Na corrida, a média deve ficar entre 8 e 9 horas.

Mas não há dúvida de que a estrela principal será o desafio inédito de mountain bike. “Prova lon­­ga de ciclismo de aventura é novidade para muita gente. São raras porque demandam uma grande estrutura de sinalização”, lembra o triatleta Gerson Doll, de 49 anos, inscrito na prova.

A bucólica paisagem rural do trajeto serve de contraponto positivo para quem pensar em desistir no meio do caminho – 70% da prova é em terreno de chão batido, outros 30% em asfalto. Um detalhe chama a atenção no regulamento: a equipe que abandonar lixo pelo percurso sofrerá uma penalidade de 15 minutos. O texto explica que a “natureza e o meio ambiente compõe o cenário da prova”.

A arquiteta de formação Ana Bárbara Vicentin, de 28 anos, vai encarar o mountain bike. Ela já correu por equipe em 2009. No ano passado, fez metade do percurso de bicicleta por curiosidade e para se adaptar ao terreno irregular. “O ciclismo exige mais. Muita subida, ladeiras e pedras. É mais resistência do que na corrida”, compara.“O fator psicológico conta mais que o físico”, completa Gerson.

Segundo ele, para os ciclistas a prova mista é um desafio mental, principalmente para quem está acostumado a rodar dentro do perímetro urbano. “Tem de saber controlar o ritmo de prova e não entrar em desespero, pois quedas estão previstas, especialmente no início”, avisa.

Experiente em corridas de aventura, o triatleta dá uma dica para os ciclistas de primeira viagem. “São 90 km. Não adianta sair com pressa, porque chega na primeira subida já dá vontade de desistir. O ideal é manter o mesmo ritmo em reta e subidas, e soltar na descida”, ensina.


0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]