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Fartura de provas
| Foto:
Roberto Custódio/ Jornal de Londrina
Os corredores precisam estudar bem o calendário no início do ano para evitar excesso de provas, lesões e até participar de eventos desorganizados

Em 2012, raros serão os fins de semana sem bons eventos de corrida de rua. Afinal, a lei da oferta e da procura também rege a modalidade e, com cada vez mais corredores amadores, cresce o número de empresas promotoras de provas. Com tantas possibilidades, os atletas terão de programar cuidadosamente seu calendário de competições. Razões não faltam: evitar o excesso de esforço físico, fugir do risco de participar de provas desorganizadas e até mesmo impedir um indesejável rombo no orçamento.

De quebra, algumas corridas têm inscrições limitadas e concorridíssimas, como as World Marathon Majors (WMM – Bos­­ton, Berlin, Nova York, Lon­­dres e Chicago, as principais corridas do mundo, tanto por tradição, alto nível de organização e cifras milionárias aos vencedores).

“É fundamental que o atleta pesquise sobre a prova que quer participar e procure indícios de que seja um bom evento. Isso pode ser feito conversando com seu técnico ou com corredores que já participaram de edições anteriores. Uma corrida que consegue o apoio de patrocinadores de renome também serve de dica para saber se haverá comprometimento com os detalhes, como postos de hidratação, área de concentração e chegada”, diz o diretor técnico da Web Treino, Maurício Letzow.

Para os mais empolgados, que querem colecionar as medalhas de todos os eventos, o conselho de Letzow é programar-se para deixar um intervalo de três a quatro semanas entre uma corrida e outra. Se a vontade for maior que a prudência, o personal trainer Murilo Bastos, ex-assessor técnico do esporte, recomenda que algumas provas sejam encaradas como treinos de luxo, sem o objetivo de competir.

“Não se pode correr sempre forte. Tem de dosar. Empolgação demais atrapalha. É bom usar alguns eventos como teste. Um exemplo é a Corrida da Graciosa [20 km na estrada da Graciosa, sendo 14 em subida, do litoral à Curitiba, em outubro], que serve de preparação para a Maratona de Curitiba [ainda sem data definida], no final de novembro, que tem um percurso cheio de subidas e descidas”, diz Bastos. No triatlo, o Long Distance Caiobá (15 de abril) é o último para quem se arrisca no Ironman Brasil (27 de maio).

Também se deve pensar a agenda conforme os objetivos para o ano. Um maratonista que quer fazer seu melhor tempo nos 42 km vai incluir nos seus planos a participação na Maratona de Porto Alegre, que combina um trajeto predominantemente plano, em uma época do ano de temperatura amena (3 de junho). Já se a intenção é se divertir, a meia-maratona do Rio é à beira-mar; o circuito Fila Night Run (10 km) é à noite e com música; a São Silvestre é para fechar o ano com estilo.

Quer ir ao limite? As maratonas de Curitiba e de Foz estão entre as mais difíceis do país. Para quem faz cross-trainning (alia outras modalidades como a natação e o ciclismo), o calendário traz ainda provas de maratonas aquáticas, duatlos, triatlos em vários níveis de disputa.


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