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Frio desafia corredores
| Foto:
Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
O engenheiro civil Fabrício Sachet diminui as distâncias percorridas, mas mantém o pique mesmo no inverno

Oficialmente, o inverno começa daqui a dez dias. Mas as temperaturas despencaram ainda no outono e anteciparão as alterações na rotina dos treinamentos de corrida ao ar livre. Nos parques é evidente a debandada: foram-se os atletas de verão e ficam os que têm um objetivo traçado.


Para vencer o frio, é essencial ter em mente o mais importante: atividade física de qualidade é a que é feita com regularidade. Os benefícios do condicionamento conquistado na primavera e no verão são perdidos em poucas semanas de “hibernação”. Também vale criar algumas metas a curto prazo: seja conquistar volume para correr uma prova de maior distância que as já feitas, seja baixar o ponteiro da balança.

“Tenho atletas que escolheram a Meia-Maratona de Curitiba [em 10 de julho] como objetivo. O meio do ano é um período interessante de corridas na cidade. Pode-se usar isso a favor”, indica o técnico da V8 Assessoria Esportiva Vítor Bertoli.

Nos treinos, vale usar alguns truques: mudar o horário é um deles. No amanhecer e no anoitecer as temperaturas são mais baixas e, por isso, menos confortáveis. Se as opções possíveis na agenda forem apenas essas duas, o final da tarde é melhor, pois a terra ainda está mais aquecida.

O engenheiro civil Fabrício Sachet, 33 anos, corre há seis anos e já se habituou à pista bem mais vazia no meio do ano e diz que é normal correr menos quilômetros semanais que em outras estações. “Penso assim: pouco é melhor que nada. Corro no mínimo três vezes na semana para não ficar com o sentimento de culpa”, fala.

Há corredores que sofrem bastante com os ventos gelados. Para eles, o preparador físico e coordenador de musculação da Olimpik Gym Carlos Eduardo Gasperin sugere o treinamento indoor. “Há locais com pistas fechadas e até mesmo a esteira permite treinos bem interessantes”, fala.

Nos treinos de tiro, Bertoli aconselha que o descanso seja ativo, com caminhada ou trote, para o corpo não esfriar. “Antes, o aquecimento tem de ser mais demorado. E, depois de correr, vale a dica das vovós: vestir uma blusa e fugir do vento”, fala.

Clima engana sede e exige atenção

A qualidade e os efeitos dos treinos são definidos nos detalhes. Um deles é a hidratação antes, durante e após as corridas. Nos dias mais frios, o cuidado precisar ser redobrado porque a sensação de sede demora mais a aparecer do que no calor.

“O processo de desidratação é mais lento, mas a necessidade de o corpo receber água não se modifica”, ressalta o preparador físico Carlos Eduardo Gasperin. Assim, é preciso que o corredor mantenha a rotina de ingerir líquidos com frequência. “Em geral, climas frios também são secos. Nessas condições, transpira-se bastante, mas evapora mais rápido”, fala o assessor técnico da V8 Assessoria Esportiva, Vítor Bertoli.

No inverno, o corpo também consome mais energia para manter a temperatura. Não por acaso, sente-se mais fome. Por isso muitos atletas precisam fazer ajustes na sua alimentação para a temporada de frio. “Alguns adotam suplementação, como a glutamina, que é bastante usada para ganho de massa muscular. Há situações em que há bons efeitos para o sistema imunológico”, fala Bertoli.

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