Maior articulação do corpo humano sofre o impacto de inúmeras lesões, mas preparação física pode minimizar traumas
Longe de ser uma exclusividade dos esportistas de rendimento, as lesões no joelho são presença constante também na vida dos chamados atletas de fim de semana. De acordo com estudos de dois especialistas de Curitiba no tratamento da maior articulação do corpo humano, Mark Deeke e Fabiano Kupczik, cerca de 300 mil lesões no ligamento cruzado anterior são registradas por ano no Brasil.
Segundo o ortopedista e médico da seleção brasileira masculina de vôlei, Álvaro Chamecki, os traumas mais comuns nos joelhos são as lesões no ligamento cruzado anterior (LCA) e a lesão no menisco medial (LMM). Em geral, a incidência dos traumatismos em pessoas que não têm o esporte como profissão é maior principalmente por causa da sobrecarga acumulada durante a vida.
“As pessoas praticam esporte sem preparação desde criança e quando crescem começam a ter tendinite, alterações na cartilagem e ficam suscetíveis a traumas”, explica o médico que, neste ano, operou uma média de 14 pessoas por mês devido a lesões na articulação.
Chamecki conta que o segredo para não ficar de “molho” nem ter de encarar o bisturi está na tão subestimada preparação. Tanto trabalhos de flexibilidade como os de fortalecimento e equilíbrio da musculatura feitos junto a um profissional de educação física são fundamentais na prevenção das contusões no joelho e garantem vida longa à prática esportiva.
Adepto do futebol semanal entre amigos, o técnico em eletrotécnica Lukas Cidney se recupera da segunda cirurgia no joelho. Depois de um pique mais longo durante uma pelada, o jovem de 20 anos desconfiou que algo não estava certo. Ao colocar o pé no chão, teve certeza: havia rompido o ligamento da articulação direita.
“Meu joelho saiu do lugar e o médico disse que eu teria de operar”, lembra Cidney, que é de Maringá. Ele deixou o interior do estado para tratar a lesão em Curitiba, foi operado no dia 13 de julho e já projeta uma postura diferente para o retorno ao futebol de cada dia. “Não vejo a hora de voltar, mas agora é sem doideira, mais tranquilo. Não quero passar por isso nunca mais”, sentencia.
Além do acompanhamento físico que antecede a prática esportiva, a preocupação com itens pontuais como o calçado apropriado para cada esporte também pode evitar problemas na articulação. “O joelho para um corredor é uma coisa, para um jogador de futebol é outra”, defende Deeke. O especialista explica que o alto número de lesões entre atletas amadores se deve principalmente à falta de observação de alguns cuidados básicos.
“O jogador de fim de semana quer chutar a bola, não importa se tem pela frente canela do vizinho, não se importa com o carrinho, com a dividida. Já o jogador profissional observa isso e não se expõe para não comprometer a carreira”, pontua.
Mesmo com a observação de todos os métodos de preparação para o esporte, porém, há quem não consiga escapar das lesões. O lutador de MMA João Paulo de Souza, conhecido como Tuba, viveu o drama de romper o ligamento cruzado do joelho durante uma luta. Operado em abril, o atleta já retomou os treinamentos e pretende voltar ao octógono já em dezembro. “Vejo que meu joelho está melhor do que antes. Por essa cirurgia ser mais complicada, eu tive de me dedicar mais no pós-operatório”, diz, otimista.
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