Há 12 anos, o Paraná tem uma prova de corrida que alia belas paisagens a um alto nível de dificuldade: a Corrida da Graciosa, que no domingo reunirá 700 atletas para percorrerem a Estrada da Graciosa, um trajeto histórico em meio à Mata Atlântica, em que 14 dos 20 km de extensão são em subida.
“É uma prova quase mística. São poucos atletas, corre-se muito tempo sozinho, só com o barulho dos próprios passos e dos sons vindos da mata”, diz a engenheira civil Tamy Cecy Fraga Rezende, de 48 anos, que amanhã vai para a sua nona participação na prova.
Desta vez, vai como guia do amigo Fernando, deficiente visual. “Estou muito curiosa para perceber como ele vai sentir a prova. É uma corrida muito visual e quero acompanhar como ele vai captar as sensações desse local tão bonito.”
Os participantes da corrida costumam dedicar cerca de três meses de treinamento específico para correr em elevações contínuas. Mas o principal segredo para superar a Estrada da Graciosa, que já foi a principal via de ligação entre Curitiba e o Litoral do estado, é a concentração.
Quem garante é a vencedora da disputa de 2011, a empresária Maria Paula Costantini, 34 anos. “Não dá para acelerar demais nos primeiros quilômetros, que ainda são planos. Só soube que estava na primeira posição faltando um quilômetro para o fim, de tão concentrada que estava”, conta.
Tráfego impedido
A largada da 12.ª edição da Corrida da Serra da Graciosa será em São João da Graciosa, Morretes, às 9 horas, com chegada no Portal da Graciosa (Quatro Barras). Os atletas têm de estar atentos para o início do horário de verão. “Já vim me adaptando durante essa semana, antecipando aos poucos a hora de dormir e das refeições”, diz Tamy. Desde as 8h30 até o meio-dia, o tráfego na estrada estará fechado para automóveis.
Os kits devem ser retirados pelos atletas até às 15 horas deste sábado na loja Procorrer (Av. Vicente Machado, 320, no Centro de Curitiba.
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