Uma alimentação saudável é indicada para todos os praticantes de exercícios físicos. Porém, não é raro ver atletas, sejam profissionais ou os de fim de semana, completarem essa dieta com suplementos alimentares na tentativa de potencializar a atividade, buscar resultados de forma imediata ou satisfazer o desejo de um corpo em forma. O que muitos deles não lembram é que a estratégia tem seus “senões”.
Para evitar problemas com a suplementação (reforços nutricionais à base de creatina, proteína, carboidrato…), o primeiro passo é saber quem pode usar esse recurso, como e quando começá-lo e o jeito correto de fazer.
“Em geral, o uso é recomendado para atletas de ponta, que precisam fazer boas marcas. Para esses casos, há uma ajuda efetiva, uma vez que eles demandam um gasto energético muito grande e precisam, de alguma forma, repor isso. Para quem está na academia, a menos que tenha uma alimentação desregulada, não há necessidade de nenhum tipo de suplemento”, destaca a nutricionista e professora da PUCPR Helena Simonard Loureiro.
A nutricionista Priscilla Milan diz que, para saber quando é imperativo buscar algum tipo de suplemento, é importante fazer uma avaliação com um profissional de nutrição para realizar o cálculo de necessidade alimentar e, a partir daí, chegar a uma indicação, quando existente, dentro dos objetivos buscados pelo atleta.
“A indicação varia de pessoa para pessoa e o que cada um tem como objetivo. Mas normalmente, para quem quer perder peso, fazemos apenas uma dieta com restrição calórica. Quem quer ganhar massa muscular pode consumir proteína pós-treino. Dependendo do tempo de treino, se for acima de uma hora, colocamos ou não carboidrato durante o exercício.”
Os tipos mais procurados no comércio especializado são os que usam creatina, utilizados em treinos curtos para dar explosão e aumentar o efeito do exercício no corpo, e principalmente os baseados em proteínas, usados para musculação e exercícios de força [as proteínas ajudam na reconstrução dos músculos, realizando a tão desejando hipertrofia]. Porém, é preciso ter cuidado. O consumo indevido dessa substância traz riscos à saúde.
“Os atletas devem se conscientizar de que o aumento do consumo proteico além do recomendados não leva aumento adicional da massa magra. Além disso, há um limite para o acúmulo de proteínas nos diversos tecidos, principalmente o ósseo”, ressalta a fisiologista Alana dos Santos.
A professora Helena alerta que, além de prejuízos físicos, o consumo inadequado pode representar desperdício de dinheiro em função do excesso de componentes orgânicos no corpo. “A suplementação pode ser efetiva no início. Depois de cerca de três meses, pelo próprio desempenho do treinamento, o organismo já se adaptou, e o que era um auxílio passa a não ser mais.”
Para evitar essa acomodação, é recomendado intervalar períodos de uso dos suplementos com períodos sem utilizá-los. Avaliações físicas frequentes também ajudam a diagnosticar qual a melhor combinação e quantidades de produtos a serem ingeridos.
É preciso ainda tomar cuidado ainda com as recomendações feitas por profissionais que não sejam da área da nutrição. “Geralmente, as pessoas vão às lojas, saem cheias de potes muitas vezes dispensáveis. Também é essencial consumir apenas produtos autorizados pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] porque alguns suplementos contêm elementos desconhecidos”, reforça Priscilla.
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