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Quando o eu percebe-se todo, ele parte. Transborda e se dissolve no caminho à procura de transpassar o limite forjado. O eu, a partir de então, não mais comporta ser parte. A partir, então, segue na busca de comportar o “todo” nos vários “eus temporários” que se formam no caminhar. “Sou as partes que formam todo que sou”. Metonímia voluntária de si mesmo, o “eu-parte” se materializa em perspectiva e como perspectiva de um todo que caminha. “Sou os passos do caminho que sou”. “Sou a luz que guia, mas também a penumbra que acompanha”. O eu já não me basta. Por isso, a partir, reparto. Vou e volto. A partir, parto.
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