No Olhar traz no sétimo episódio da websérie relatos do fotógrafo das principais campanhas publicitárias e nu artístico do Brasil
Por Fabiano Ferreira
No Olhar é a websérie que exibe toda semana episódios com os principais fotógrafos e fotógrafas do Brasil. O projeto está em sua segunda temporada e tem apoio da Secretaria da Cultura de Estado do Paraná e Companhia de Energia Elétrica (Copel). Os vídeos com duração de nove a 12 minutos são lançados todas as segundas-feiras no canal do youtube.com/noolhartv. Neste sétimo episódio o convidado é Kazuo Okubo.
O galerista e fotógrafo Kazuo Okubo iniciou muito cedo sua aproximação com a fotografia como assistente do seu pai. Em 1989 migrou para a fotografia publicitária e a partir de 2006, estendeu sua produção para obras autorais, que se destacaram pela sensibilidade dos trabalhos de nu artístico. Em 2009, inaugurou uma galeria de fotografia de arte, A Casa da Luz Vermelha, que hoje conta com um acervo com obras de 36 fotógrafos, em Brasília. Participou de diversas mostras do Brasil e exterior, com destaque a exposição coletiva ’11 Photographes Brésiliens, em Paris.
Irreverente, Kazuo é um amante da fotografia que exibe sua criatividade tanto em conceitos publicitários como nos autorais. Atormenta-se durante seu processo criativo, pois busca sempre a originalidade em seus trabalhos. “Meu processo criativo é sofrido, doloroso, pois, não durmo, ou durmo mal, me alimento mal até realizar o trabalho definitivo. Muitas vezes mentalizo mais ou menos como vai ser uma cena de uma foto. Outras vezes vou para um lugar com uma ideia premeditada, mas o local me oferece outra condição e sai muito melhor do que havia planejado”.
O fotógrafo, que produziu uma série de imagens estampadas em maços de cigarros de todo Brasil, para uma campanha do Ministério da Saúde, acredita que a competição aumentou muito nos últimos anos com o boom desta arte. Hoje, além de ter um trabalho consistente, o fotógrafo precisa saber vender seu trabalho e se posicionar no mercado com histórias interessantes. “Eu vejo fotografia como linguagem. É um jeito de contar suas histórias, fictícias ou verdadeiras. A fotografia ficou muito mais próxima das pessoas do que a gente imagina. Muita gente passou a fotografar em função dessa democratização e percebe que fotografar não é tão simples, não basta só apertar um botão”, analisa, Okubo.
Em relação às tendências atuais do mercado da fotografia, Kazuo destaca a prática do coletivo, pois para manter uma estrutura de estúdio 100% sozinho, é muito difícil. “Eu sou apreensivo com a fotografia, porque ela me abastace, me deixa muito feliz, mas eu não vivo de brisa. Hoje aluga-se um local, quatro ou cinco fotógrafos utilizam o espaço e dividem as contas para viabilizar o negócio de cada um”. Apesar das dificuldades, o fotógrafo conclui: “Todas as minhas ações atualmente, envolvem a busca de uma remuneração financeira em torno da fotografia. Tenho estúdio de fotografia de publicidade, uma galeria de arte, um bureau de impressão, uma pequena fábrica de projetos para participar de editais. Descobri que fotografia é minha vida, é um amor tão grande que não me vejo fazendo outra coisa”.
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