Por André Rodrigues

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A chuva forte e prolongada deste sábado (7), em Curitiba, trouxe muita água, mas também trouxe tristeza para quem teve a casa invadida pela enxurrada. Várias regiões da cidade e região metropolitana foram atingidas pela chuva e com ela muitas famílias amargaram o drama do alagamento.

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Percorri o bairro do Uberaba, nas proximidades do canal Belém, que estava numa situação crítica. Moradores viram suas casas, comércio, carros, quartos serem tomadas pela água suja que subiu do rio.

O senhor Eufrásio Aparecido Lorbiete, proprietário de um pequeno comércio, conhece bem o drama dos alagamentos. Ano passado, foi apanhado pelo mesmo problema causado pela chuva e pela falta de estrutura para a vasão ao fluxo do rio. Também sofreu com uma leptospirose que veio junto com a perda material. Neste episódio lamacento, mais dor. Lorbiete viu a água suja tomar conta de tudo.

No quintal do zelador Valmir Alders, 44 anos, era possível ver a geladeira boiando e o carro popular submerso na água. A perda foi total para a família. “Não sei para onde ir. Agora é correr atrás de algum lugar”, disse em entrevista por telefone à repórter Bruna Komarchesqui.

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Na Rua Demétrio Lezan, Fernanda Maria fazia um mutirão para tirar a água que invadiu a residência do pai, Luís Fernando. Enquanto a bomba d’água não funcionava, valia o esforço com o balde.

Ao caminhar pelas ruas, a indignação estava presente nos comentários. “Este é o país da Copa”, ironizavam os moradores. E a revolta; numa mistura de tristeza misturada com conformação, acabou em protesto com móveis velhos e entulhos que foram queimados nos cruzamentos.

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Por volta das 12h50 parei numa panificadora para encaminhar fotos à redação do jornal. Até aquele momento não vi agentes da prefeitura ou Defesa Civil no local.

CIC, Santa Felicidade, Boa Vista, Cajuru, Bairro Alto e Boqueirão também foram atingidas pelos estragos da chuva.

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De acordo com a Defesa Civil, o bairro com maior número de afetados é a Cidade Industrial de Curitiba, com 8,2 mil. Em seguida estão o Cajuru, com 1,4 mil; Pinheirinho, com 3,2 mil; Boqueirão, com 2,4 mil; e São Francisco, com 13.

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Na CIC, o repórter fotográfico Antônio More testemunhou o alagamento do Rio Barigui. Protestos também foram feitos com a queima de pneus na rodovia do Contorno Sul.

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