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O fotógrafo das celebridades do Brasil

Bruna Lombardi. Foto: Antonio Guerreiro (Foto: )

Antonio Guerreiro conta no quinto episódio da Websérie No Olhar como era fotografar na época analógica para capas de revistas e discos dos principais artistas do país.

Por Fabiano Ferreira

No Olhar exibe semanalmente episódios com depoimentos dos principais fotógrafos e fotógrafas do Brasil. A websérie, que tem apoio da Secretaria da Cultura de Estado do Paraná e da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel), está em sua segunda temporada. Com uma linguagem intimista a, pretende mostrar ao expectador conceitos sobre uma leitura mais apurada da fotografia, as influências e histórias de vida dos profissionais dessa arte. Os episódios são exibidos no canal youtube.com/noolhartv.

Tônia Carrero. Foto: Antonio Guerreiro

No quinto episódio, o convidado é Antonio Guerreiro. O fotógrafo das celebridades relata curiosidades em seus 50 anos de carreira, durante a qual fotografou as principais personalidades brasileiras para campanhas publicitárias e editoriais de moda, desde a década de 1970. Seus trabalhos eram publicados em capas de revistas como Vogue e Interview e produzia ensaios sensuais para a Playboy. No seu estúdio passaram celebridades como Sandra Bréa, Beth Faria, Sonia Braga, Elke Maravilha, Luiza Brunet, Ísis de Oliveira e Claudia Raia.

Guerreiro conta ainda sobre outros trabalhos como as dezenas de capas de discos que fotografou para os principais artistas do país. Um exemplo clássico foi o disco Índia, da Gal Costa, de 1973, proibido pela censura. Artistas como Secos & Molhados, Alcione, Tim Maia, Novos Baianos, Elba Ramalho, Pepeu Gomes e Baby Consuelo também foram fotografados por Guerreiro.

“Foi uma época muito romântica da fotografia, a gente ficava preocupado com os resultados. Não era qualquer um que pegava uma máquina e saía fotografando, tinha que ter um profundo conhecimento técnico, de estúdio, de flashes”, ressalta. Ele conta que a equipe do estúdio trabalhava sem parar, virando noites. Tinha até marceneiro para fazer os cenários, porque não existia Photoshop na época.

Elke Maravilha. Foto: Antonio Guerreiro

Adepto da fotografia planejada, Guerreiro lembra que nos tempos do processo analógico, o profissional não podia errar na hora de fotografar, pois o cromo que saía da câmera era o mesmo que estamparia a capa, ou página de uma revista. Para prevenir possíveis erros, era utilizado um back polaroide, que possibilitava uma visualização da imagem e a correção dos defeitos de luz, maquiagem e imperfeições da pele. “Hoje, se fotografa e depois corrige tudo, mas na fotografia, não pode pensar depois, tem que pensar antes no que está fazendo e saber o que você quer”, acrescenta o fotógrafo.

Zezé Motta. Foto: Antonio Guerreiro

 

 

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