| Foto:

Profissão repórter fotográfico.

CARREGANDO :)

Como avaliar durante um trabalho se a foto que você vai fazer vale a pena correr risco e como medir este risco. Esta pergunta eu tive que fazer ontem quando cheguei em São Francisco do Sul, litoral de Santa Catarina onde aconteceu uma explosão em um depósito de fertilizantes e que se arrasta por mais de 36 horas e ainda não foi controlado pelos bombeiros. O perigo não estão nas chamas mas sim na fumaça produzida pela queima do produto químico dentro do depósito. Depois de uma pesquisa rápida sobre o assunto ainda dentro do carro na estrada no caminho para o incêndio as informações são contraditórias. Alguns especialistas afirmam que a fumaça não é tóxica e que no máximo pode causar irritações e mal-estar passageiro, já outros afirmam que não é tão simples assim.

Então vem a outra pergunta, e a mascara contra gases tóxicos que estou levando é proteção suficiente para este que é a base de amônia? Chegando no local observo que tem gente que esta lá só por curiosidade bem menos preocupada com o tal gás. Logo que desembarco do carro mando o Antonio, motorista do jornal para dar o fora do lugar porque só temos uma mascara. Minha tranquilidade aumenta um pouco quando um soldado do corpo de bombeiros que esta trabalhando no local olha para mim e fala “esta mascara que você esta usando é muito boa”. A notícia boa na chegada já me animou.

Publicidade

A cena é de filme, eu já vou procurando melhores ângulos para as fotos, nunca sabemos quando vai chegar um “zé arruéla” qualquer pedindo pra gente sair. Costumo usar a tática de que faço parte do problema, se ninguém me pergunta nada eu vou entrando no carão. Quando me dei conta já estava no olho do furacão. E é isso, vejam algumas fotos de ontem.
Albari Rosa – repórter fotográfico do Jornal Gazeta do Povo

Publicidade
Publicidade