Felipe Rosa, repórter fotográfico frelancer da Gazeta do Povo, escalado para uma viagem até Guaratuba para produção de pautas para o Caderno do Litoral acompanhando a repórter Cintia Junges com os produtores de bananas e uma colônia de pescadores.

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Aparentemente um dia de trabalho tranqüilo, senão fosse o trajeto para chegar ao destino. A famosa BR 376 que liga o Paraná ao litoral de Santa Catarina, apelidada de corredor da morte.
Na passagem pela praça de pedágio em São José dos Pinhais já veio a notícia de que a estrada estava interditada por causa de um acidente envolvendo duas carretas e uma pegou fogo.

Nosso motorista Marcelo levou o carro até o final da fila, aproximadamente 2 km do bloqueio. Peguei meu equipamento e convidei a repórter Cintia para descer andando até o ponto do acidente.

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Na caminhada pela pista algumas fotos de motoristas com suas famílias fora dos carros observando uma nuvem de fumaça negra que vinha do ponto do acidente. Na chegada ao local os bombeiros trabalhando para apagar o fogo de uma dos caminhões.
As imagens são fortes e logo um morador da região avisa que aconteceu um engavetamento com um caminhão e três carros.

A notícia exige uma articulação maior e a preocupação de como chegar até o ponto do acidente. Logo surge a oportunidade de pegar uma carona na garupa de uma motocicleta, a fila já tinha 10 km. Nesta rodovia a fila aumenta muito rápido quando o fechamento das pistas é total, ainda mais em véspera de feriado. A Cintia ficou neste ponto e eu subi em direção a Curitiba sozinho de carona na moto.

Na chegada ao ponto do engavetamento a cena era dramática. Ambulâncias, helicópteros e os paramédicos trabalhando no atendimento das vitimas entre elas três crianças. Imagens dos ocupantes de um dos carros que ainda estavam presos nas ferragens dos carros enquanto outros eram atendidos no asfalto mesmo. A preocupação era de fotografar sem atrapalhar o trabalho de socorro.

Passada a adrenalina da cobertura a preocupação é a de transmitir as fotos para o jornal. Foto boa é a foto que chega a tempo para a edição.

Primeiro uma carona com um caminhoneiro para voltar até o ponto onde tinha deixado a equipe e o carro do jornal. As primeiras fotografias foram enviadas pelo celular e com a pista no sentido Santa Catarina liberada ficou fácil chegar até uma lan house e enviar o restante das fotos.

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A cobertura ganhou uma foto com destaque na primeira página da edição de sábado. E o resto do dia foi para produzir as matérias para o caderno.