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Walter Firmo
Walter Firmo| Foto:

Neste episódio o fotógrafo descreve como se alimenta de novidades e a importância da fotografia digital sem descartar a linguagem da imagem.

Walter Firmo

Por Fabiano Ferreira

A websérie No OIhar traz em entrevista o fotógrafo carioca Walter Firmo, que mostra seu bom humor ao nos contar que a paixão pela fotografia surgiu com um livro sobre revelação, na biblioteca da escola. “Me senti um bruxo, eu queria brincar com essa mágica!”, diverte-se. Hoje, é reconhecido como um dos primeiros fotógrafos a trabalhar com cores. Ao longo dessa trajetória, conquistou vários títulos como o Prêmio Esso, em 1963, pela série de cinco reportagens “Cem dias na Amazônia de ninguém”. Além de vários livros publicados também teve reconhecimento internacional.

Walter Firmo

Para ele, a fotografia é uma grande escola e uma espécie de terapia. Ele acredita que a melhor forma de se desvincular dos problemas é pendurando a câmera no pescoço e sair sem destino para fotografar. “Gosto de analisar as pessoas, talvez, se tivesse tempo estudaria de novo e trabalharia nas linhas freudianas. Eu gosto de olhar as pessoas assim e tentar fazer um perfil”, explica.

Walter sempre leva sua câmera, pois em qualquer momento pode aproveitar e se alimentar de alguma novidade. Esse costume desperta o prazer de descobrir coisas novas no trajeto inesperado. E salienta que para ser um bom fotógrafo, é necessário estar atento às notícias do mundo todo. “Não basta apenas a sensibilidade, mas é importantíssimo saber o que acontece agora na África, nos Estados Unidos, no nosso continente Sul americano. Isso servirá para que você possa colocar seu jargão através de uma máquina fotográfica, mostrar um pouco da sua informação, da sua cultura e relação naquilo que você está fotografando”, conclui.

Walter Firmo

O fotógrafo cita a importância da fotografia digital e seu mundo moderno, mas não descarta o propósito da leitura feita pelo olhar. Ele acredita na ideia de que essas tecnologias vieram para mudar muitas coisas no processo de identificação desses novos hábitos. “A máquina digital não melhorou meu olhar, mas melhorou tecnicamente a minha busca. Agora tem uma coisa que não desqualifica nem uma nem outra, porque são máquinas. Você tem que usar a sua inteligência, a perspicácia humana do seu olhar. Isso, a máquina jamais vai fazer por você”, conclui Firmo.

Serviço: youtube.com/noolhartv
                www.facebook.com/noolhar.tv

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